Inovação

Este capacete anti-distração de 1925 é a prova de que a procrastinação já existia bem antes da internet

12 • 04 • 2017 às 07:35
Atualizada em 12 • 04 • 2017 às 08:34
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Com tanto que nos é oferecido o tempo todo e em tantas mídias diversos – sendo o “acesso” à conteúdos a palavra de ordem em quase todos os meios que hoje frequentamos, real ou virtualmente – a procrastinação já pode sem dúvida ser decretada como um dos efeitos colaterais mais simbólicos do século XXI.

Concentrar-se e dedicar-se a uma só atividade ou assunto é uma tarefa dura. Mas, pelo que esses anúncios de 1925 indicam, essa não é uma questão somente do contemporâneo: mais de 90 anos atrás, o escritor, editor e inventor Hugo Gernsback já achava difícil dedicar-se somente aos seus estudos ou escritos, sem se deixar levar pelas infinitas atrações do mundo ao seu redor. Para curar esse mal, Hugo inventou o Isolador.

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“O autor trabalhando em seus estudos privados com a ajuda do Isolador. Barulhos externos são eliminados, e o trabalhador pode se concentrar facilmente no assunto em mãos”

Feito de madeira sólida, o isolador nada mais era do que um capacete, capaz de isolar quase quem em cem por cento o som ao redor, além de focar objetivamente seu campo de visão. Somente uma pequena lente de vidro permitia que o usuário do Isolador pudesse enxergar, e mesmo esse vidro era quase todo pintado de preto – oferecendo somente um pequeno pedaço de vista livre, para, por exemplo, ser possível ler um papel ou uma página à sua frente.

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“A fotografia acima mostra um close do capacete Isolador. O suprimento de oxigênio adentra o capacete pelo tubo” 

O visual do “capacete” era tão sinistro quanto parece absurda essa proposta para resolver os dilemas da atenção. Como se não bastasse, o Isolador era ligado a uma garrafa de oxigênio, pois não era possível respirar devidamente vestindo o capacete. Seja como for, os resultados demonstram que o Isolador na verdade funcionava – pelo menos para Hugo, que teve uma produção tão prolífica que, para muitos, é considerado o “pai da ficção científica”.

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Hoje talvez a tarefa seja ainda mais árdua, e o fato é que o mal da procrastinação permanece não resolvido – ou você vai realmente me dizer que leu esse texto até o fim sem desviar nenhuma vez sua atenção?

© fotos: divulgação

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