Fotografia

Fotografias impressionantes da única vez em que se registrou o nascimento e a morte de um vulcão

12 • 04 • 2017 às 13:23
Atualizada em 16 • 04 • 2020 às 19:00
Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

Em 20 de fevereiro de 1943, o fazendeiro mexicano Dionisio Pulido e sua esposa, Paula Pulido, estavam queimando restos de matos e arbustos secos em suas plantações de milho quando, diante de seus olhos, a terra em frente ao casal inchou e rachou ao meio uma fissura de pouco mais de dois metros de extensão.

Há dias que os habitantes do vilarejo de Paricutin, no estado de Michoacán (a mais de 300 quilômetros da Cidade do México) sentiam tremores de terra e intensos ruídos, e quando o casal de fazendeiros viu uma intensa fumaça começar a sair do buraco, e sentiu um forte odor de ovos podres com a fumaça, eles decidiram simplesmente fugir. O que estava por vir espantaria literalmente todo o mundo: O que Dionisio e Paula testemunharam acontecendo em sua própria fazenda era simplesmente o nascimento de um vulcão.

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Primeira foto do vulcão Paricutin, dois dias depois de seu surgimento

No dia seguinte, junto de outros habitantes locais, foram até o lugar investigar o ocorrido, e o que viram os espantou ao temor absoluto: pedras e fumaça estavam sendo cuspidas às alturas do buraco, e o cone ao redor do vão crescia a olho nu. Em um dia o vulcão já alcançava 50 metros de altura, e menos de uma semana depois, o cone ao redor da rachadura original já tinha 100 metros. Foi quando a lava começou a derramar.

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A intensa erupção do primeiro ano de vida do vulcão tornou toda a região inabitável – que teve de ser rapidamente evacuada, com lava cobrindo praticamente todas as vilas e cidades próximas. Nos 9 anos seguintes, até 1952, o vulcão Paricutin, como foi batizado, seguiria explodindo, ainda que em menor intensidade. Sua altura final alcançou 424 metros, e hoje é um vulcão extinto, que não vai mais explodir – um vulcão que nasceu, viveu e morreu diante dos olhos da modernidade.

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A contribuição científica foi inestimável, para melhor se compreender como surgem e funcionam os vulcões. Resta, além da própria montanha que hoje dorme, como relíquias o rastro de pedra e destruição, como confirmação da força incontornável e inclemente que a natureza é capaz de ter em questão de instantes.

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© fotos: divulgação

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