Lembra de quando o Shazam não existia e a gente escutava uma música legal que não conhecíamos ou não sabíamos o nome ou de quem era? Cantarolar para um amigo ou tentar lembrar alguma parte da letra para procurar no Google eram as únicas opções para descobrir qual era o som. Hoje ficou muito mais fácil, mas e se o app se esquecesse das músicas?

“Ouvindo – Ainda ouvindo… – Essa me lembra alguma coisa… – É… É…”
Foi por isso que passaram os usuários do Shazam no Reino Unido durante o mês de abril. Em parceria com a instituição Alzheimer’s Research UK, o aplicativo exibiu mensagens indicando que não conseguia se lembrar das canções. “Tenho certeza que conheço essa…”, “Eu poderia jurar que…”, “Essa é a… a…” foram algumas das expressões mostradas.
Depois de o aplicativo finalmente identificar a música, o motivo do esquecimento foi relevado: tratava-se de uma campanha para conscientizar sobre o principal sintoma do Alzheimer: a perda de memória. Os usuários então se deparavam com uma mensagem da organização, dedicada a pesquisas sobre a doença, e que depende de doações para continuar trabalhando.

“Ouvindo – Ainda ouvindo… – Tenho certeza que conheço essa… – Eu só não consigo…”
Segundo a agência Innocean, responsável pela campanha, só no primeiro dia a mensagem foi vista mais de 2 milhões de vezes, com pelo menos 5 mil redirecionamentos para o site da Alzheimer’s Research. Apesar da crença de que a doença só atinge idosos, pessoas de mais de 40 anos também são afetadas.
Segundo o Instituto Alzheimer Brasil, faltam estudos atualizados, mas estima-se que no mínimo 1,2 milhão de pessoas sofram com essa forma de demência no país. No mundo, acredita-se que o número passe dos 46 milhões. Os cientistas sabem pouco sobre a doença, desde suas causas até formas eficazes de tratamento, por isso é fundamental que os pesquisadores tenham condições de descobrir mais.