Canais Especiais Hypeness
-
Adotar é Hype
-
Namore-se
Muito se debate a respeito da legalização das drogas partindo de premissas pessoais ou simplesmente distantes da dura realidade ao redor do tráfico e da guerra às drogas no mundo todo. Curiosamente, no entanto, a maior parte das pessoas que de fato olhou de perto essa espinhosa questão tende a ser favorável à descriminalização.
É o caso do policial britânico Neil Woods, que por 14 anos arriscou sua vida como um policial que trabalhava disfarçado de um viciado em heroína – e o motivo para sua opinião é direto e objetivo: diante de seus próprios esforços, Neil tem certeza que a guerra policial contra as drogas não deu certo.
Em entrevista ao jornal inglês The Independent, Neil divide a impressão que aos poucos lhe foi tomando conta ao longo dos anos, de que seu trabalho estava na realidade piorando a situação. Conforme a polícia tornava suas ações mais agudas e contundentes, os criminosos também se tornavam mais brutais e violentos – e a realidade só se alterava para pior, com mortes relacionadas às drogas em crescente, assim como as próprias drogas se tornando mais fortes e acessíveis.
Neil trabalhando disfarçado nas ruas de Londres
A resposta, segundo Neil, está em controlar e regular as drogas, para tirar o poder do crime organizado. “O mercado de drogas ilícitas movimenta 7 bilhões de libras [cerca de 30 bilhões de reais] por ano. Nossas comunidades estão arruinadas pelo crime organizado intimidando a população para se protegerem, então temos que regular as drogas como fazemos com o álcool”, ele disse.
“A gente pode colocar um criminoso atrás das grades por 1000 anos, mas isso vai interromper o fornecimento de heroína por duas horas”.
Para ele, basta olhar para a realidade de países como Portugal, Suíça e Canadá, entre tantos outros, para entender que, entre todas as diferentes modalidades de descriminalização e legalização, o que há em comum é a diminuição radical do número de mortes relacionadas às drogas.
Seu compromisso com a causa hoje é tamanho, que Neil fundou no Reino Unido uma organização que reúne membros do sistema criminal contra a proibição das drogas. Não dar ouvidos a quem de fato lutou essa guerra perdida é simplesmente se negar a olhar essa terrível realidade, em que as vítimas somos todos nós.
© fotos: reprodução/divulgação
Publicidade
O Ministério Público do Estado de São Paulo pediu à Polícia Civil abertura de inquérito para investigar a...
Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, saiu da casa da avó no domingo (14 de junho) e nunca mais voltou. Após ser...
Charli D'Amelio é considerada pela "Forbes" como uma das adolescentes mais ricas do mundo. A garota de 17 anos se...
"Não deixai que nosso Brasil se perca nas chamas. O Pai disse assim: Faça-se as árvores e o homem ganancioso disse...
Hosana de Lima é maquiadora artística e resolveu chamar a atenção para as queimadas recordes que atingem a floresta...
Em um post no Facebook, a escritora e militante feminista Clara Averbuck denunciou ter sido vítima de estupro por um...
Através de decreto municipal emitido pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD-MG), a cidade de Belo Horizonte vai vetar o...
O México pode ser o próximo país da América Latina a legalizar o uso recreativo da maconha. Um texto que...
Segundo informe global da organização Artigo 19 sobre liberdade de expressão no mundo, o Brasil sofre a maior queda...