O artista plástico americano Michael Papadakis sempre trabalhou à moda antiga, com tinta, pincel e telas, até que em uma viagem da Ásia à Europa ele descobriu outros materiais, que transformariam sua arte para sempre. Agora, no lugar da tela, ele usa a madeira; no lugar do pincel, uma lente de aumento; e sua tinta se tornou nada menos que a luz do sol.

Foi na China que Michael teve a epifania de que poderia trabalhar “queimando” superfícies de madeira ao reparar na incidência da luz do sol através uma lente. “Eu no mesmo momento vivi a realização de que poderia desenhar com aquilo”, ele diz. Michael então abriu mão de seu equipamento ‘tradicional’”, e começou a experimentar desenhar em parceria com o sol.

O resultado é como de um pirógrafo, utilizando diferentes lentes e técnicas, para realizar desenhos elaborados que levam até 30 horas para serem feitos. Para tal, o uso de luvas e óculos, assim como cuidados especiais para não se queimar, é fundamental.

Quando está pintando, Michael precisa lembrar às pessoas que param para observa-lo trabalhar que olhar diretamente seu trabalho pode ser perigoso para a vista. Mas viver em uma cidade como Golden, no Colorado, onde o artista mora, em que o sol bate abundantemente por cerca de 300 dias ao ano, é evidentemente uma vantagem: é como uma tinta que nunca acaba.






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