Inovação

Startup cria app que ajuda a monitorar sua saúde mental através do smartphone

27 • 06 • 2017 às 05:00 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Será possível medir nosso comportamento, encontrar padrões psíquicos e até analisar nossa saúde psicológica e mental através da maneira com que nos relacionamos com nossos smartphones e os aplicativos?

O neurocientista americano Thomas Insel se juntou à startup Mindstrong para afirmar que sim – e desenvolveram um aplicativo que, segundo Insel, é capaz de diagnosticar a saúde psicológica do usuário através da coleta de dados acessados e reproduzidos diariamente nos smartphones.

Naturalmente que a decisão de acatar o diagnóstico e recorrer a um profissional de fato continua sendo do usuário em questão, mas o aplicativo poderia justamente acelerar esse processo, ofertando reconhecimentos em tais padrões que a própria pessoa pode não ser capaz de perceber. Transtornos como depressão, ansiedade e até degenerações neurológicas oriundas de idades avançadas podem ser antevistas e apontadas pelo app, afirma Insel.


O neurocientista Thomas Insel

O conceito de se mapear comportamentos nos universos digitais e reuni-los em tais conclusões sobre o usuário é conhecido como fenotipagem digital. Ele se baseia em dados como o tempo de resposta, a velocidade de interação, as páginas em que clicamos, o quanto voltamos a publicações já lidas, a velocidade com que digitamos e mais – partindo disso para avaliar elementos como nossa concentração, atenção e capacidade de reação.

O aplicativo, que está em fase de testes, terá de ter acesso total às informações do telefone, mas o CEO da Mindstrong, Paul Dagum, garante que não haverá invasão de privacidade alguma – pois nenhum dado objetivo importa, mas sim a maneira com que processemos e reagimos a eles. Duas pesquisas já foram realizadas com mais de 150 pessoas, e a empresa garante que os resultados impressionam.

Um terceiro teste está sendo realizado na universidade de Stanford, nos EUA, com pacientes que possuem depressão, para realmente procurar confirmar o alinhamento de tais comportamentos com a presença desses transtornos. A empresa já levantou mais de 14 milhões de dólares desde sua criação, em 2014 – e, caso a precisão desse aplicativo venha a ser confirmada, provavelmente ainda levantará muito mais. Os smartphones cada vez mais parecem capaz de ler realmente nossos comportamentos, e transformar essa leitura em avanços tecnológicos, mas também em dinheiro – vale ver somente quem é que de fato ficará mais saudável ao fim.

© fotos: divulgação

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