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Se desfazer as monstruosidades cometidas no passado é algo impossível, encara-las de frente para que não se repitam, e para combater os terríveis efeitos de injustiças, matanças e atrocidades cometidas contra povos, raças e minorias no presente, hoje. No Brasil, porém, é comum tratar o sequestro de milhões de negros, da África para o Brasil, e a escravidão a qual foram submetidos por séculos por aqui como um mero detalhe da história. Os escombros do Cais do Valongo, no Centro do Rio de Janeiro, são a metáfora perfeita dessa perigosa negação.
Por muitos anos as pedras da mais importante evidência física e histórica da chegada dos escravos africanos no Brasil permaneceram “escondidas” sob o desenvolvimento da cidade – como algo que pudesse permanecer no passado, coberto pelas camadas do desenvolvimento da região do Cais do Porto, no Rio. Cerca de 900 mil escravos passaram pelo Valongo, construído em 1811.
Representação do Cais do Valongo em pintura
Com as recentes obras de revitalização na zona portuária as pedras do Cais do Valongo voltaram à tona, revelando a pista física de uma história que não só jamais desapareceu, como é o fato central da história social do país: a escravidão. A fim de justamente tentar impedir que se vire o rosto para esse assombroso e nada discreto capítulo de nossa história, o Comitê do Patrimônio Mundial, da Unesco, incluiu o sítio arqueológico do Cais do Valongo na lista de monumentos tombados pelo Patrimônio Histórico Mundial.
A historiadora e presidente do Iphan, Katia Bogea, vê no Valongo a relevância da memória de um local como o campo de concentração de Auschwitz ou Hiroshima. “A proteção do patrimônio nos obriga a lembrar estas partes da história da humanidade que são proibidas de cair no esquecimento”, afirma.
O Brasil recebeu cerca de 4 milhões de escravos (representando em torno de 40% de todos os escravos que saíram da África para a América), e foi um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão, em 1888. Apesar de sua importância histórica, o local permanece um tanto desprotegido e vulnerável – o que também se apresenta como uma terrível e contundente metáfora.
© fotos: Oscar Liberal/reprodução/divulgação
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