Inspiração

A primeira ‘bailarina de hijab’ tem apenas 15 anos e já está abrindo caminho pra diversidade na dança

21 • 08 • 2017 às 08:17
Atualizada em 17 • 10 • 2019 às 17:48
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Stephanie Kurlow, de apenas 15 anos, pensou que teria que abandonar o sonho de se tornar bailarina após sua família se converter ao islamismo, em 2010, já que até então não haviam registros de alguma bailarina que tenha dançado usando o hijab.

Mesmo querendo seguir adiante e contando com apoio dentro de casa, a jovem, que vive em Sidney, na Austrália, encontrou resistência nas diversas escolas de balé da cidade. Quase todas alegaram que uma bailarina não poderia se apresentar usando o tradicional véu islâmico. Isso sem falar nos altos custos que um curso de bailarina profissional demandaria.

Mas ainda que tudo parecesse jogar contra o seu sonho, Stephanie não desistiu tão facilmente. Inspirada por inúmeras figuras públicas que quebraram regras, como Misty Copeland, primeira negra a ser promovida a bailarina principal do American Nacional Ballet, e Amna Al Haddad, jornalista dos Emirados Árabes que se tornou levantadora de pesos, a jovem resolveu criar um financiamento coletivo para arrecadar 7 mil dólares australianos para pagar pelos estudos em uma boa escola de balé.

Sua campanha chamou a atenção de uma marca esportiva da Suécia, a Bjorn Borg, que resolveu patrociná-la, doando mais de 8 mil dólares para a bailarina. “Nos sentimos inspirados a aprender com sua história. A coragem que leva a jovem de 15 anos a lutar por seu direito de dançar balé contra todas as chances é excepcional”, disse Jonas Lindberg Nyvang, diretor de marketing da marca.

Mesmo tendo ficado parada por alguns anos, Stephanie afirma que com perseverança e trabalho duro vai voltar a dançar como antes. E num futuro próximo, seu objetivo é abrir a sua própria escola de balé, que será totalmente inclusiva, aceitando todos e todas que compartilharem do mesmo sonho que a jovem. Porque para se tornar uma bailarina (ou um bailarino) basta querer dançar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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