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“Cheddar alucinante, tomates psicodélicos psicotrônicos, alface crocante sinestésico, especiarias transcendentais e amor”: era anunciando esses ingredientes que Raphael Krás vendia seus hareburgers quando tudo começou nas praias do Rio de Janeiro em 2006. Onze anos depois, o sucesso de seus sanduíches veganos resultou em dez lanchonetes em solo carioca e agora uma em São Paulo.
O anúncio da chegada do “primeiro fast-food vegetariano do mundo” à capital paulista deixou muita gente com vontade, e não podíamos deixar de conhecer o Hareburger. De quebra, rolou a oportunidade de conhecer o Rapha e conversar sobre a história da lanchonete e sobre o veganismo.
(Divulgação/Hareburger)
Em 2006, precisando de grana e percebendo que faltavam opções vegetarianas para comer na praia de Ipanema, ele pediu 50 reais emprestados à avó para fazer e vender os 8 primeiros hareburgers originais, à base de soja. 5 anos de sucesso depois, viria a primeira unidade no Rio de Janeiro, tirada do papel junto de dois amigos.
Hoje, a rede conta com outras quatro receitas de hareburgers: abóbora com shiitake, feijão com especiarias, quinoa com batata-doce e lentilha com shiitake. E o bom humor com que Raphael anunciava os lanches na praia permanece – onde mais você lê coisas como “molho secreto vulcânico marciano”, “queijo provolone derretido na Lua jupiteriana i.o” ou “cebola roxa ultravioleta” no cardápio?
Rapha explicou que a estratégia servia, claro, para chamar atenção na praia, já sentindo que hambúrgueres de soja poderiam dar de cara com certo preconceito. Para ele, o bom humor é uma ótima maneira de enfrentar barreiras: “Talvez certos tipos de discursos vegetarianos mais agressivos possam trazer resistência, então sempre preferi ir por esse lado divertido”, conta.
A jornada do Hareburger começou justamente porque havia poucas opções vegetarianas por aí – e mal se falava em veganismo. Raphael se diverte com o título de primeiro fast-food vegetariano do mundo, que se espalhou virtualmente, e diz acreditar que seja verdade, já que não encontrou nenhuma referência do tipo em suas pesquisas anos atrás. O sucesso da rede e de outras iniciativas provam que é algo em franca expansão, e Raphael acredita que a internet tem um papel importante.
“Hoje é muito mais fácil acessar informações, tentar aprender coisas novas, então é natural que essa filosofia também chegue a mais gente. Mesmo se nem todo mundo estiver disposto a se tornar vegetariano ou vegano, só de abrir a cabeça e perceber que é possível diminuir a quantidade de carne que come já temos um avanço”, diz.
O primeiro Hare paulistano fica em Pinheiros, na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 53. Instalado em um sobrado, tem algumas mesas em cada andar, além do espaço na calçada (que, por motivos meteorológicos, não pude ver como funciona). No piso de cima rola também uma rede perto da janela com vista para a rua. Tanto em cima como embaixo, mensagens divertidas sobre o vegetarianismo e a lanchonete fazem a decoração.
Mas nenhum conceito se sustenta sem sabor, e chegou a hora de experimentar os sanduíches. Pedi um Hare Rock Shutney Mango’s Fly, com hareburger original (de soja), provolone vegano (como todos outros queijos da casa), shutney de manga, castanhas de caju e rúcula, e também provei os lanches dos meus amigos: BIG Hare, com 2 hareburgers originais e cheddar; Shiva Shiitake, com hareburgers originais, shiitakes refogados, tomate seco e melaço mustard e Quinoa Solar, com hareburger imperial (quinoa, grãos e batata-doce), cebola roxa, molho de semente de papaia, cenoura, tomate, muçarela e folhas.
As 10 unidades no Rio não poderiam mentir, e provei por conta própria que as receitas do Raphael são realmente deliciosas. Tudo é bem pensado e preparado, os ingredientes se combinam muito bem e cada lanche tem um sabor próprio e marcante – é péssimo quando todos os itens do cardápio parecem o mesmo, né?
Além dos sanduíches (que podem acompanhar batatas rústicas, minissaladas ou chips de banana), há petiscos como coxinha de jaca (provamos e aprovamos), bolinho de feijoada e quibe de espinafre com tofupiry, além de saladas, sucos, chás, refrigerante natural, milkshakes e sobremesas – brownie e cookie com ou sem sorvete e açaí. Lembrando que, na unidade de São Paulo, é tudo vegano.
Comemos num horário intermediário entre almoço e jantar, então não tivemos problemas de demora. Feliz com o sucesso, o Rapha fez uma ressalva para alguns gargalos que deixaram clientes esperando nos momentos mais concorridos, mas contou que as coisas já estão melhorando e que a quantidade de mesas, caixas e funcionários vai aumentar para atender à demanda.
Tá com vontade de conhecer o Hare? Atenção para os horários: fica aberto de domingo a quarta das 12h às 20h e de quinta a sábado das 12h às 23h. Lembrando que fica na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 53, em Pinheiros, perto da estação Fradique Coutinho do metrô. E um segredo interceptado entre frequências espaciais: pode ser que o sucesso faça com que os seres intergalácticos arrumem espaço para novas unidades em São Paulo em breve!
*As declarações reproduzidas neste texto foram editadas por questões de clareza e coerência
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