Campanha encoraja homens a romperem com as convenções para serem o que quiserem

Vitor Paiva  • Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

Não podemos esperar que o mundo se transforme se não formos capazes de agir diferente daquilo que justamente esse mundo que queremos mudar espera de nós – especialmente em se tratando de uma identidade tão demarcada e formada por supostas rígidas e velhas verdades quanto a identidade masculina. O novo filme da C&A procura, com beleza, força e poesia, apresentar uma possibilidade mais delicada sobre as expressões do comportamento masculino.

Intitulado Nascido Homem, o filme é dirigido por Manuel Nogueira. Trazendo sua vasta experiência prévia com moda e beleza, o diretor retrata um novo masculino, que se permite dançar e viver com mais cor e menos rigidez do que os antigos padrões sob os quais o homem parece permanecer há séculos soterrado. O caminho poético de saída que o filme sugere não poderia ser mais simbólico e forte: a dança.

 [youtube_sc url=”https://www.youtube.com/watch?v=m49Yn0Wm3hs&sns=fb” width=”900″]

“Penso que uma forma consciente de encarar o universo masculino seria questionar as verdades e representações da masculinidade que estão presentes em nossa sociedade e trazer uma mensagem de um novo caminho, uma nova percepção, um novo homem”, afirma Nogueira.

Entre a delicadeza e a intensidade, o novo homem pode ser o que quiser – e esse desejo, mais livre e menos rígido, terá de ser aquilo que o mundo espera de nós.