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Quem mora no Rio de Janeiro sabe como a violência urbana pode marcar, pautar e determinar seu cotidiano – mesmo que se esteja em uma região mais “nobre” da cidade.
Para quem mora nas áreas mais “pobres”, porém, é a violência e a constante e inócua guerra contra o tráfico de drogas quem pauta de fato seu direito de ir e vir, de ser feliz, de viver. Um bilhete postado por uma professora municipal do Rio de Janeiro ilustra perfeitamente a terrível situação em que a cidade se encontra – à qual às vezes parece condenada.
No bilhete, a mãe de uma aluna explica o motivo pelo qual sua filha não pôde ir à escola – e, de forma natural, a mãe da Maria Rita descreve um verdadeiro cenário de guerra. “Muito tiro debaixo de nossa janela, não tendo como sair”, escreveu a mãe, para em seguida pedir desculpas, explicando que não gosta que a filha falte, mas que tem dias que simplesmente “não dá pra sair de casa”.
A legenda da professora define: 7 dias de terror.
Tal história é somente uma entre milhões que diariamente são obrigados a ter de lidar com tal cenário e aprender a sobreviver sob as condições de violência que levaram o jornal carioca Extra, em editorial, a “oficializar” o uso da expressão “Guerra no Rio” como uma nova editoria. “Tudo aquilo que foge ao padrão da normalidade civilizatória, e que só vemos no Rio, estará nas páginas da editoria de guerra. Um feto baleado na barriga da mãe não é só um caso de polícia”, diz o editorial. Segundo o texto, a criação de tal editoria foi a maneira que o jornal encontrou de declarar que a situação no Rio de Janeiro não é normal.
A decisão do Extra causou polêmica. Por um lado, muitos acharam que oficializar o uso da palavra “guerra” endossaria e justificaria a aplicação de políticas públicas extremas, como o uso do exército ou outras medidas de natureza militar, que acabam funcionando como uma guerra do estado contra as populações mais pobres – sem se pensar em investimentos mais perenes, como na educação ou na legalização das drogas.
Por outro, a situação na cidade de fato não é normal, e uso dessa ou daquela palavra não altera o horror vivido por tais populações diariamente. E esse é o único ponto pacífico de toda essa questão: seja qual for o termo utilizado, o estado carioca precisa agir como jamais fez, na direção de realmente se comprometer a oferecer condições melhores de vida às suas populações mais pobres, e estabilizar a situação fora de controle que se encontra a violência no Rio de Janeiro.
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