Empreendedorismo

Ex-jogador da NBA cria empresa para cultivar maconha para atletas

09 • 08 • 2017 às 07:50
Atualizada em 10 • 08 • 2017 às 11:10
Joao Rabay
Joao Rabay Gosta de ler boas histórias para aliviar a mente no meio de tantas notícias ruins. Ainda acredita que elas podem inspirar boas mudanças e fica feliz quando pode contá-las.

Apesar de não promover nenhum ganho esportivo comprovado, a maconha está na lista de substâncias proibidas pelas regras antidoping na maioria das modalidades. Contrariando a crença de que esportes e a erva não combinam, Cliff Robinson, ex-jogador de basquete norte-americano, decidiu investir em produtos canábicos para atletas.

A relação de Cliff com a maconha começou bem antes de ele se aposentar, em 2007: ele foi suspenso pela NBA por três vezes por causa do uso da droga. “Eu fumava para descansar depois das partidas, quando minha adrenalina estava alta, ou para acalmar a ansiedade”, contou em entrevista ao canal de TV KOIN. “Havia problemas por causa das regras, mas eu sentia que aquilo me ajudava e decidi correr o risco”, contou à The Portlander.

No ano passado, ele criou a Uncle Cliffy, empresa que produz produtos à base de maconha em parceria com a Pistil Points Farm. Para começar, eles decidiram vender apenas baseados pré-enrolados, mas pretendem lançar uma linha de produtos diferentes em breve – uma pomada contra dor à base de cannabis já está no mercado.

Os principais benefícios do uso de maconha para atletas que Cliff divulga são alívio de dores e auxílio no processo de recuperação muscular, além de ajudar no combate à ansiedade e de melhorar o foco em diversos aspectos da vida. “Quero acabar com o mito de que atletas e cannabis não se misturam. Joguei 18 anos na NBA, fumei maconha por alguns períodos e nunca tive problemas por causa disso”. Tirando as suspensões, é claro.

É por isso que, além de trabalhar com os produtos à base de maconha, ele também tenta ser um porta-voz na luta para tirar a erva da lista de substâncias proibidas, algo em que ele já se empenha desde que terminou a carreira como atleta. “Quanto mais nos colocarmos à frente disso de uma forma positiva e insistir em ser responsável quanto ao uso, mais chances de a cannabis ser reconhecida como um auxílio para os esportistas em vez de um obstáculo”, afirmou.

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Fotos: Divulgação/Uncle Cliffy


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