Diversidade

Hashtag desafia pessoas negras a contar a primeira vez que se sentiram representadas na mídia

04 • 08 • 2017 às 05:00
Atualizada em 27 • 11 • 2017 às 10:09
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Para falar sobre a falta de representatividade negra, a as blogueiras do Black Girl Nerds decidiram usar sua conta no Twitter e criar uma hashtag do bem. A intenção era convidar pessoas negras a contar qual foi a primeira vez que se sentiram representadas na mídia.

Conte para gente sobre a primeira vez que você se sentiu representada na mídia, use a hashtag #FirstTimeISawMe!“, dizia um tweet publicado na conta no dia 1º de agosto. A resposta à mensagem foi incrível, gerando mais de 500 comentários na rede social e mostrando que a representatividade é sim importante.

A #PrimeiraVezQueMeVi foi na personagem de @RachelTrue em Jovens Bruxas. E ela tem 50 anos agora. Vai garota!

A #PrimeiraVezQueMeVi foi em Aisha dos Power Rangers

#PrimeiraVezQueMeVi

#PrimeiraVezQueMeVi foi @4everBrandy como Moesha Mitchell. Prova de que a garota da porta ao lado pode usar tranças + amar hip hop + ser socialmente consciente.

Quando criança, Lavender da Matilda #PrimeiraVezQueMeVi

#PrimeiraVezQueMeVi foi @4everBrandy como Cinderela. Teve um impacto tão positivo na minha infância e até hoje, pra ser sincera.

Provavelmente, Susie Carmichael #PrimeiraVezQueMeVi

#PrimeiraVezQueMeVi como um personagem de desenho animado foi a Goo em Mansão Foster para Amigos Imaginários

Embora a hashtag tenha origem gringa, aqui no Brasil a representatividade negra ainda é escassa. A primeira protagonista de uma novela da TV Globo negra, por exemplo, apareceu na televisão apenas em 2004, com Taís Araújo em Da Cor do Pecado, como lembra o Le Monde Diplomatique. Já a colunista Alexandra Baldeh, da Revista Cláudia, mostra o quanto o problema se repete em diversas esferas da mídia, onde a população negra tem apenas 4% de espaço.

Quem sabe iniciativas tão simples como essa hashtag possam levantar o debate sobre representatividade por aqui também e tornar a mídia tão diversa quanto a população brasileira. Será que é esperar muito?

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Foto: Reprodução Dear White People


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