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Diante da triste notícia de ter sua avó diagnosticada com o mal de Alzheimer, Leonardo Martins decidiu expressar o tamanho de seu amor pela velhinha com um comovente post no Facebook.
Em seu texto ele explica o processo de descoberta da doença a partir do esquecimento de coisas cotidianas, como colocar sal na comida ou tomar o remédio e de como percebeu o quanto é importante saber dar valor às coisas simples.
“Essas ocasiões me fazem parar de ver sentido em coisas fúteis. Parar de criticar todas as coisas a todo momento. Me fazem parar de me cobrar incessantemente a todo instante”, escreveu.
Em um dos trechos ele conta sobre a carta que a vó lhe escreveu e que, por ter medo de perdê-la, decidiu tatuá-la. “E foi ano passado que a vó escreveu essa carta pra mim, quando entrei na faculdade. Eu fiquei com medo de perder, acho que agora eu não perco mais“.
O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que ainda não possui cura e ocorre na terceira idade. Seu principal sintoma é a perda da memória e também compromete o comportamento do paciente.
O post emocionante publicado nesta segunda-feira (07 de agosto) já recebeu mais de 150 mil reações e teve 70 mil compartilhamentos.
Leia a carta na íntegra:
“O arroz foi queimando mais vezes, as comidas ficando sem sal. Alguma coisa tinha, a vó esqueceu até a idade outro dia. Há dois meses deu um branco no horário de tomar os 5 remédios que ela toma, até chorou de desespero. E ela tá mais quietinha, tadinha, quer ficar o dia todo no quarto dormindo. Tudo terminava em “tô meio esquecida hoje”.
A vó sempre cuidou de tudo e todos, morava com a gente em casa, mas o ambiente começou a semear uma sensação de estranheza. O sofá, que dividimos durante 19 anos, foi ficando cada vez mais estranho, menos confortável. Nem a Kátia Fonseca e o Cesar Tralli, ídolos da vó, salvavam a tarde.
A tomografia foi só formalidade, a Dra. Alzira já havia endossado: era alzheimer.
O alzheimer degrada a pessoa, vocês sabem. As coisas têm que estar sempre no mesmo lugar. Deixa ela fazer o que ela quiser. A doença pode vir rápida ou devagar. Depende. Mas, não há o que fazer, aproveite. Foi isso que a Dra Alzira disse.
E a gente anda fazendo isso. Tentamos passar por essa lombada de forma alegre. É que eu odeio quando as pessoas estabelecem validade às coisas. E não acredito que fizeram isso com você, vó.
Hoje ligo mais vezes pra ela, vejo-a toda semana. Fazer isso é a reciprocidade aos 18 anos que ela viveu comigo. E foi ano passado que a vó escreveu essa carta pra mim, quando entrei na faculdade. Eu fiquei com medo de perder, acho que agora eu não perco mais.
No meu primeiro aniversário, minha vó e minha tia me levaram para tirar a foto do meu primeiro imã de geladeira. A foto deveria ser sorrindo. Massantes tentativas falhas até que a vó bateu palma e sorriu, e eu acompanhei. A foto ficou linda, mesmo com essa legenda meio nonsense. E ela diz que é a melhor lembrança que tem de mim.
Todo dia penso que pelo menos Deus me deu a chance de deparar um farol amarelo para curtir o máximo que eu pudesse o melhor ser humano que eu já conheci.
Essas ocasiões me fazem parar de ver sentido em coisas fúteis. Parar de criticar todas as coisas a todo momento. Me fazem parar de me cobrar incessantemente a todo instante. Aliás, serviu para me mostrar, mais uma vez, as diversas arapucas que a depressão pode desencadear às suas vítimas.
Rezo para que esse mal não te abrace com ânsias, vó. Tudo o que precisamos está bem pertinho de nós. Tão pertinho que eu consigo até sentir o toque da pele fina da sua mão no meu rosto só de fechar os olhos. Que gostoso o seu abraço, vó. Nem consigo mais lembrar o que queria dizer com isso tudo. Pra você ver, acho que eu que tô meio esquecido hoje!”
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