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Religião é um assunto de adulto. Seja qual for a sua, ou se você não tem nem quer ter nenhuma, parece no mínimo uma questão de bom senso que as crianças sejam mantidas livres para serem quem quiserem ser diante de tal profundo e polêmico tema. Desde 2001, nos EUA, no entanto, que a Suprema Corte do país permite que grupos religiosos ministrem cursos extracurriculares para alunos de escolas públicas americanas. A missão dos tais “Clubes de Boas Notícias” é assumidamente a de “evangelizar meninos e meninas com o Evangelho do Senhor, para estabelece-los como discípulos da palavra de Deus”.
Lucien Greaves, cofundador e porta-voz do Templo
É claro que a questão vai além do mero debate religioso, ganhando contornos políticos e tocando em temas como o ensino científico, a separação entre o estado e a igreja, e muito mais. E é por isso que, se valendo da mesma premissa judicial que permite o ensino religioso, os membros do Templo Satânico dos EUA decidiram se oferecer como uma alternativa às crianças e ao pais e questionar a legitimidade dos cursos cristãos ministrando também aulas extracurriculares de satanismo nas escolas.
Membros do Templo Satanista; Chalice Blythe é a do meio
A ideia, segundo Chalice Blythe, diretora nacional do programa “Satã Depois da Escola”, é oferecer múltiplos pontos de vista, já que os cursos religiosos são permitidos em escolas públicas. O material do curso convida os jovens a “aprenderem e se divertirem” com o satanismo, com direito a vídeo com áudio invertido e até um livro de colorir satânico.
Logotipo do curso
É claro que os grupos cristãos se uniram para frear a iniciativa, chamando-a de “sacrilégio” em nome do “retorno da moral cristã”. O Templo Satânico, no entanto, possui uma base como de qualquer outra religião, e uma forte atuação nas redes sociais. Na prática, atuam como defensores do conhecimento científico, das liberdades individuais, dos direitos humanos e, acima de tudo, da separação entre a igreja e o estado.
Não se sabe se alguma escola já autorizou o curso, nem como a Corte suprema se posicionará – mas fica claro que a separação entre o estado e a igreja, em todos os aspectos, é realmente a única maneira eficiente de se proteger justamente a liberdade de religião, sem que nenhuma linha religiosa se sobreponha sobre outra – ou sobre o direito de não seguir linha alguma.
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