Debate

Reino Unido sai na frente para acabar com estereótipos de gênero na publicidade

01 • 08 • 2017 às 07:51
Atualizada em 02 • 08 • 2017 às 13:58
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Estereótipos de gênero na publicidade podem fazer mal a crianças e adultos, limitando como as pessoas se veem e as decisões que afetam suas vidas, restringindo escolhas, aspirações e oportunidades. A conclusão é Autoridade de Padrões Publicitários do Reino Unido (ASA), que decidiu proibir esse tipo de propaganda a partir de 2018.

Para chegar a essa decisão, a ASA (sigla em inglês para a Advertising Standards Authority) elaborou um relatório de 64 páginas, intitulado “Representações, Percepções e Prejuízos”. No documento, foram analisadas as políticas de regulação publicitária do Reino Unido e de outros países, além de estudos sobre o impacto que esse tipo de propaganda tem nos consumidores e uma pesquisa de opinião pública.

“Seu corpo está pronto para a praia?”

Exemplos de peças publicitárias que não serão mais aceitas a partir do ano que vem são aquelas que retratam os cuidados domésticos como coisas “de mulher” ou algo muito difícil de ser feito por homens. Há também um cuidado especial com o impacto sobre as crianças, e comerciais mostrando coisas como meninos sonhando em ser engenheiros e meninas se imaginando como bailarinas não devem ser mais aceitos.

Guy Parker, chefe-executivo da ASA, disse que “a publicidade é só um dos fatores que contribuem para a desigualdade de gênero, mas padrões mais rígidos podem ter um papel importante para melhorar essas questões de forma individual e coletiva”. Para ele, “crianças devem ser especialmente protegidas desses estereótipos, já que são mais predispostas a assimilar mensagens que elas recebem, o que, por sua vez, pode limitar o seu potencial”.

As novas diretrizes que vão guiar o trabalho da ASA ainda não foram definidas, mas a entidade listou seis pontos que devem ser evitados nas propagandas: padrão de imagem corporal, definir características como próprias de um ou outro sexo, objetificação, definir papéis como de um ou outro sexo, sexualizar pessoas e tirar sarro de quem não se encaixar em algum estereótipo.

“Real ou falso? Com nossa grama artificial você não saberá a diferença”

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Fotos: Reprodução


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