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Antes de ser cancelada, a exposição QueerMuseu – Cartografias da diferença na arte brasileira era somente uma mostra local em Porto Alegre, oferecendo um recorte sobre diversidade de gênero, sexual e cultura LGBT dentro da arte brasileira. Depois que o Banco Santander, patrocinador da exposição, cedeu à ânsia de grupos religiosos e conservadores como MBL – que enxergavam pedofilia, zoofilia e desrespeito a símbolos religiosos no trabalho de nomes como Volpi, Portinari e Ligia Clark, entre outros – e encerrou a mostra um mês antes, o assunto tomou o centro de um amplo debate a respeito de censura e da posição e função social da arte.
Mas nem todos concordam com o MBL. A oposição ao cancelamento foi intensa na internet, e o debate parece não ter prazo para acabar, pois o secretario de cultura de Belo Horizonte, Juca Ferreira, declarou ver com bons olhos a proposta de receber na capital mineira a exposição, como uma oportunidade para a cidade e um gesto de resistência à censura.
“Não há nada de concreto ainda, precisaríamos levantar qual espaço cultural da cidade poderia abrigar a exposição”, afirmou Juca. “Já estamos na metade do ano, os recursos estão comprimidos, mas é extremamente importante dar continuidade à mostra. Não podemos legitimar a volta da censura, conquistamos esse amadurecimento. A arte precisa de liberdade para que ela se desenvolva”, destacou.
Cruzando Jesus Cristo Deusa Schiva, de Fernando Baril
No dia seguinte ao cancelamento, dois promotores do Ministério Público de Porto Alegre visitaram a exposição, a fim de averiguar as acusações. A conclusão das autoridades foi taxativa: não há pedofilia ou crime algum nas obras. “Fomos examinar in loco, ver realmente quais obras que teriam conteúdo de pedofilia. Verificamos as obras e não há pedofilia. O que existe são algumas imagens que podem caracterizar cenas de sexo explícito. Do ponto de vista criminal, não vi nada”, afirmou o promotor da Infância e da Juventude de Porto Alegre, Julio Almeida.
Os representantes do MBL (sigla que ironicamente significa Movimento Brasil Livre) de Belo Horizonte já afirmaram que, caso a mostra vá para a cidade, irão pressionar novamente contra a exposição.
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