Dentre os diversos horrores que atualmente o povo sírio enfrenta em um país devastado por regimes autoritários e violentos e conflitos permanentes, uma organização inglesa Rethink Rebuild Society resolveu expor um aspecto pouco mencionado mas profundamente brutal do regime de Assad: as prisões femininas e o tratamento brutal que as prisioneiras recebem na Síria.
Raramente uma prisioneira tem coragem de denunciar as torturas e o horror vivido dentro dos presídios femininos sírios.
Mas os relatos são de estupros seriais, torturas terríveis e assassinatos inclementes atrás das grades das instituições.
Por isso a organização inglesa recentemente realizou a exposição Silenced Voices: Syrian Women in Assad’s Prisons (Vozes silenciadas: Mulheres sírias nas prisões de Assad) – para tentar iluminar tais relatos e denunciar as práticas.


O material é escasso e as denúncias são diversas, e o evento visou justamente não só apontar tais crimes, como oferecer meios para ajudar e combater o horror nas prisões femininas do país. A exposição aconteceu em Manchester, na Inglaterra, cidade sede da Rethink Rebuild Society.

Imagens da exposição em Manchester

Há alguns anos que a Anistia Internacional tenta acessar as prisões sírias, sem sucesso. Estima-se que mais de 18 mil pessoas tenham morridos nos últimos anos em prisões no país, e um documento de cerca de 70 páginas sobre violação dos direitos humanos foi preparado pela Anistia. Como jornalistas são proibidos em tais centros, esse tipo de denuncia é fundamental.

Imagem aérea de um presídio feminino na Síria
O vídeo abaixo foi preparado pela própria Anistia Internacional.
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