Magricelo, baixinho, gordo, feio, esses são alguns dos adjetivos mais habitualmente utilizados para praticar o bullying. Do xingamento para a agressão costuma ser um passo, mas o que podemos fazer sobre isso?
A rede de lanchonetes Burger King, em ação promocional para o mês de prevenção nacional contra o bullying, nos EUA, decidiu expor a situação em um experimento social, e realizar um vídeo para registrar a reação das pessoas diante de uma cena explícita de bullying.

A premissa é simples: quantas pessoas reagem à cena de um jovem sofrendo bullying em um grupo, em comparação a quantas pessoas reclamam de um sanduíche que “sofreu bullying” – que lhes é entregue todo amassado, depois do Whopper Jr. “levar um soco”. A cena é realizada toda com atores, mas as reações envolvem clientes de fato. A campanha traz ainda relatos de crianças e jovens sobre como se sentem quando assistem esse tipo de cena, e principalmente quando sofrem bullying.
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O tema vem se tornando cada vez mais agudo e urgente: cerca de 30% das crianças em escolas de todo o mundo sofrem bullying, e as consequências podem se tornar extremas. O resultado da campanha, como mostra o vídeo, é alarmante: quase todos reclamaram do hambúrguer, e pouquíssimos interviram na cena de violência contra uma criança vista dentro da lanchonete.


“Deixar o bullying acontecer acaba sendo fácil, porque você se sente bem só pelo fato de não estar acontecendo com você”, diz um dos jovens entrevistados. O propósito, portanto, é alertar para a gravidade do bullying e para a necessidade de que não fiquemos calados diante de tal prática – se temos voz para reclamar de nossos sanduíches, temos que ter voz para nos levantarmos contra esse tipo de violência.
