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Virou tradição na internet promover um verdadeiro linchamento virtual aos que, pelas mais diversas razões, se atrasam e não conseguem atender ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) antes do horário de fechamento dos portões, às 13h.
Neste fim de semana, aconteceu mais uma etapa da prova, que anualmente mobiliza alunos da esfera educacional em busca de melhor posicionamento na corrida por uma vaga nas melhores universidades do Brasil.
A prática de zombar dos atrasados do ENEM ganhou proporções abusivas em 2017. Youtubers, programas humorísticos e o público em geral buscavam utilizar do sofrimento alheio para produzir conteúdo supostamente de entretenimento para seus veículos.
Até “falsos atrasados” entraram em cena para fantasiar situações absurdas.
Pessoas encenam atrasos no ENEM para criação de memes. (Foto: Reprodução)
Uma das vítimas mais tradicionais dessa prática é Hevellyn Nicolle da Silva Pedrosa, de 22 anos, e hoje estudante do quinto período de Direito.
Ela se desesperou em 2015 por não ter conseguido encontrar o portão correto de entrada no campus da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, da Uninove, e se tornou rosto de um dos memes mais utilizados nessa época.
Em entrevista ao jornal O Globo, ela demonstrou como essa “brincadeira” não tem graça alguma e pode representar um trauma ainda mais duradouro na vida de uma pessoa.
“Eu virei sinônimo de atraso. Nem precisa ser época de Enem para fazerem meme comigo. Não era essa assim que eu queria construir a minha imagem”, disse ela ao jornal.
Hevellyn se atrasou em 2015 e virou meme. (Foto: Reprodução)
Hevellyn esteve entre os cerca de 80 jovens que auxiliaram os que estavam prestes a perder a oportunidade de realizar a prova. Em uma das ocasiões, a estudante ajudou um atrasado a carregar sua mochila e abriu o caminho bloqueado pelas equipes de televisão.
A solidariedade surgiu após ela sentir na pele o que significa perder a oportunidade diante de pessoas que estão ali justamente torcendo pra que isso aconteça. “Eu ainda não consigo rir de tudo isso. Ainda me magoa. Meu maior medo é ser reconhecida em entrevistas de emprego como ‘a atrasada do Enem’. Isso não pode definir minha vida inteira”, garantiu ela.
Hevellyn é filha de uma cabeleireira e um pai desempregado. Sempre se sustentou e pagou seus estudos, que teve de trancar na época do ENEM 2015 por não conseguir financiamento estudantil. Depois, ela decidiu fazer o exame novamente para seguir com seus objetivos.
Hevellyn ajudou alunos atrasados. (Foto: Facebook/Reprodução)
Hoje, a estudante sonha em se formar para defender vítimas de crimes e humilhações cibernéticas. Ela, inclusive, coleciona todos os memes feitos com seu rosto para usar em seu trabalho de conclusão de curso. “Coleciono todos os memes para usar no meu TCC. Até pensei em processar alguns youtubers, mas vi que seria muito difícil. Somos vulneráveis na internet”, afirmou.
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