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Muitas vezes o Brasil parece um imenso mar de más notícias, no qual navegamos à deriva, procurando por esperança como quem procura por uma boia, que ofereça apoio e sentido para que possamos seguir por aqui, acreditando minimamente que esse pode se tornar um país mais justo, mais igual e melhor. A verdade é que o cenário atual não poderia ser mais turbulento, nebuloso e apocalíptico, mas ainda assim nem tudo é desesperança e dor – alguns projetos iniciativas nos fazem lembrar que há também um Brasil que dá certo.
Na educação, na luta contra o machismo e pelos direitos das mulheres, no meio ambiente ou no empreendedorismo social – justamente alguns dos pontos mais atrasados e sombrios do Brasil atual –, alguns projetos se destacaram em 2017 como focos de esperança – pequenos vagalumes que podem ao menos um pouco nos iluminar contra os holofotes do fascismo, da desigualdade e da violência.
Para nos lembrarmos desse Brasil que pode e dá certo, separamos aqui 5 projetos inspiradores, de áreas diversas de atuação, que transformaram e seguem transformando para melhor ao menos um pouco esse país.
Num país tão desigual economicamente como o Brasil, e que ainda é o maior consumidor de pesticida do mundo, se alimentar com qualidade é também um privilégio de classe. Foi tentando impactar um pouco essa cruel realidade que o engenheiro Hamilton Santos se juntou com a nutricionista Mariana Fernandes para criar o Saladorama, um projeto que procura democratizar o acesso à alimentação saudável – oferecendo saladas orgânicas a preços acessíveis, feito por e para moradores das favelas cariocas.
É possível fazer compras avulsas, por pacotes ou mesmo com uma assinatura mensal. Para manter o propósito social, a Saladorama não se restringe aos preços justos, e emprega moradores de comunidades – em sua maioria mulheres – com o propósito de capacitação incluído no emprego, para que, mais do que empregadas, as funcionárias possam também se tornar empreendedoras. Melhorar a saúde física e também social das comunidades e seus moradores é um feito e tanto.
“Ninguém é irrecuperável”. Esse é o lema que estampa o site do projeto Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, ou FBAC. Criada por Valdeci Ferreira, trata-se de uma federação que reúne e fiscaliza as Apacs, associações de Proteção e Assistência aos Condenados. Sua missão basicamente é disseminar métodos transformadores para a ressocialização de presos, para recuperação através de ideias de uma justiça restaurativa.
Sua organização administra prisões “humanizadas”, e o resultado é um baixíssimo nível reincidência por parte dos presos que passam pelas Apacs. Realizando um trabalho voluntário, a recuperação de presos é a vida de Valdeci, hoje acontecendo em 48 pontos de cinco estados do Brasil.
Partindo da ideia do professor como um intelectual transformador, o projeto Mulheres Inspiradoras procura ampliar as referências femininas entre os jovens estudantes. Através de leituras biográficas, os jovens tomam conhecimento de grandes mulheres que transformaram suas comunidades e até o mundo, para que, em uma sociedade tão machista, a importância dessas mulheres seja reconhecida.
Criado pela professora Gina Vieira Ponte a partir de uma escola pública em Ceilândia, no Distrito Federal, quando livros de diversos gêneros literários foram trabalhados para justamente aumentar o repertório de referências dos alunos, trazendo para a pauta mulheres fortes de diferentes raças, classes sociais, níveis de escolaridade, idade e origem. Hoje o projeto reúne 30 professores em 15 escolas públicas diferentes do Distrito Federal, e os textos produzidos pelos alunos – que foram incentivados a criarem dissertações sobre mulheres inspiradoras dos seus convívios – foram transformados em um livro.
Desenvolvido na escola Estadual Padre Paulo, na cidade mineira de Santo Antônio do Monte, o projeto O Povo Conta incentivou as crianças a trabalharem com a produção de contos populares em prosa e verso. Partindo da iniciativa da professora Ana Cláudia Santos, os alunos foram apresentados a diversos textos de tradição oral, para em seguida pesquisarem com suas família e círculos de convívio contos orais ligados à tradição de suas regiões.
A ideia da professora era não só trabalhar essa memória dos lugares, como também debater desde cedo entre os alunos a diferença entre a fala e a escrita, e as questões de registro e criação. Depois de levantadas, as histórias trazidas pelos alunos foram adaptadas para um livro, que foi publicado em e-book como uma coletânea de histórias.
Todo prédio em toda cidade do Brasil – quiçá do mundo – poderia, ou mesmo deveria se valer do serviço que a Via Natus, startup de São Paulo, oferece: transformar a laje de um edifício, um espaço normalmente imenso e desperdiçado, em um local produtor de alimentos orgânicos. Além do impacto ambiental e da melhoria na vida dos moradores – que passam a poder consumir o que é produzido sobre suas cabeças – o projeto também amplia sua responsabilidade ao campos social, pois a contratação inclui o pagamento de uma pessoa para fazer a manutenção da horta, e a empresa contrata mulheres refugiadas para o serviço.
Tanto o pedido de manutenção quanto a ida e a confirmação de ida dessa profissional são todos feitos por um aplicativo. O projeto conta com sistemas de irrigação e sensores, e impacta positivamente também nos pequenos produtores de mudas e matéria-prima em geral – saldo positivo para todos os lados.
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