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A China está colhendo DNA e a biometria da minoria muçulmana uigur, que vive na província ocidental de Xinjiang. A revelação foi feita pela ONG Human Rights Watch, que acusa o governo chinês que realizar uma política de segurança abusiva disfarçada de programa de saúde.
Para o relatório da ONG, a política chinesa comete uma grave violação dos direitos humanos com as medidas. Xinjiang é um histórico palco de confronto entre a minoria uigur e etnia majoritária han. Segundo Pequim, os conflitos envolvem ação de radicais islâmicos.
Em 2011, o governo chinês chegou a proibir crianças nascidas em seu território de serem batizadas com nomes muçulmanos.
A onda de violência seria a principal motivação para a criação de um rígido aparato de repressão na província, que inclui patrulhas da polícia em larga escala e restrições à manifestações religiosas e culturais.
Minoria uigur tem sido alvo de conflito histórico em Xinjiang
Segundo a Human Rights Watch, a polícia agora é responsável por coletar digitais, fotos, endereços e até registros de íris. Os médicos locais colhem DNA e tipo sanguíneo como parte do que seria um programa de saúde. Só que esses dados estão sendo utilizados, na verdade, para monitoramento de atividades subversivas.
“O cadastramento obrigatório de dados biológicos de uma população inteira é uma violação grosseira de regras internacionais de direitos humanos e é ainda mais perturbador que isso seja feito sob o disfarce de um programa de saúde”, diz a diretora da Human Rights Watch na China Sophie Richardson.
O governo regional de Xinjiang disse em julho que o objetivo do programa era colher os dados biométricos de pessoas entre 12 e 65 anos. “Tipos sanguíneos devem ser reportados às delegacias de polícia, assim como amostras de sangue e DNA”, diz o texto do projeto.
Xinjiang tem 10 milhões de muçulmanos
O relatório da ONG traz depoimentos de residentes da província sobre a coleta biométrica. Uma pessoa que não quis se identificar disse que temia ser acusada de deslealdade política caso não participasse. Ela nunca recebeu os dados coletados.
Já a imprensa estatal chinesa dá outra versão e diz que a participação no cadastramento era voluntária. A agência Xinhua disse que 18,8 milhões de pessoas receberam tratamento médico após participar da coleta de sangue e DNA. São 10 milhões de muçulmanos residentes em Xinjiang.
Um uigur do oeste da província contou ao relatório da Human Rights Watch que a administração do vilarejo onde vive o obrigou a participar da coleta. A ONG alerta para o risco da prática ser aumentada para todo o país e com outros fins.
Outro lado
O porta-voz da chancelaria chinesa, Lu Kang, acusou o relatório de conter “inverdades” e afirmou que a situação geral em Xinjiang é “boa”.
Com informações do BuzzFeed News, Estadão, Reuters e EFE.
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