Aqui no Brasil, o uso da maconha para fins recreativos ainda é proibido. Apesar disso, já existem algumas liberdades quanto ao uso da erva para fins medicinais desde 2015, quando a Anvisa aprovou a importação de produtos médicos que utilizam o canabidiol.
A partir daí, outras liberações ocorreram: em 2016, a agência autorizou a prescrição e importação de medicamentos contendo tetrahidrocanabinol (THC). Em 2017, foi a vez do medicamento Mevatyl® (que contém THC e canabidiol) obter autorização para ser registrado no país. Os passos são lentos, mas aos poucos a discussão vem avançando por aqui.

Para antecipar esse mercado, uma aceleradora está incubando apenas negócios relacionados à cannabis medicinal. O The Green Hub possui uma rede de mentores formada por especialistas provenientes de diversas partes do mundo. O espaço possui programas de aceleração com investimentos de até R$ 50 mil e um ciclo de seis meses de duração.

Fundada pelo administrador de empresas Marcel Grecco, a aceleradora fica localizada em Santo André, no ABC Paulista. Desde dezembro de 2017, o espaço passou a concentrar dois projetos próprios, que visam validar o programa de aceleração, conforme Marcel contou à Revista Galileu.
A primeira iniciativa é o CEC (Centro de Excelência Canabinoide), uma associação que oferece consultoria e capacitação para profissionais da área médica sobre o uso da cannabis medicinal. O outro projeto trata-se de um software que busca auxiliar no uso medicinal da substância, o Anella.

De acordo com assessoria de imprensa da empresa, o mercado da maconha medicinal poderia movimentar o equivalente a R$ 4,7 bilhões na economia do Brasil. O próximo ciclo de captação para aceleração de projetos no The Green Hub deve começar no início do segundo semestre deste ano. A partir daí, novas startups poderão ser selecionadas para integrar o programa e contribuir para os avanços do uso terapêutico da cannabis no Brasil.