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por: Redação Hypeness
Mais de um terço dos brasileiros acredita que “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”. Além disso, 30% da população diz que “mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada”. Os dados são de uma pesquisa do Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Essa lógica é facilmente combatida, como mostra uma exposição na Bélgica. O evento, exibido em Bruxelas, traz as roupas que diversas mulheres estavam utilizando na hora que foram vítimas de estupro.
Os trajes reúnem calças e blusas discretas, camisetas largas e até pijamas. Todas as roupas passam longe do que os que costumam culpar a mulher chamam de “provocativo”, e é justamente essa a intenção da mostra.
A ideia, segundo os curadores, é derrubar o “mito teimoso” de que roupas provocativas são um dos motivos que leva aos crimes de violência sexual.
Exposição mostra roupas usadas por vítimas de estupro
O nome da exposição é ‘A Culpa é Minha?‘, em uma referência clara ao que as vítimas mais se perguntam antes de tomar forçar para denunciar seus agressores.
“O que você percebe imediatamente quando vem aqui: todas as peças são completamente normais, roupas que qualquer um usaria”, afirmou à BBC Liesbeth Kennes, parte do grupo de apoio a vítimas de estupro CAW East Brabant, organizador da exposição.
“Tem até uma camiseta de uma criança com uma imagem do filme My Little Pony que mostra essa dura realidade”, destacou.
A luta de Kennes pelo reconhecimento das vítimas é antiga. Em 2015, ela mencionou em uma entrevista que apenas 10% dos estupros ocorridos na Bélgica são denunciados para a polícia e que, desses, somente 1 em cada 10 resultava em alguma condenação. Os dados, na época, chocaram a opinião pública.
Liesbeth Kennes, uma das organizadoras da exposição
“Por trás desses números há pessoas de carne e osso. Mulheres, homens, crianças. Nossa sociedade não incentiva as vítimas a denunciarem ou a falarem abertamente sobre o que passaram”, lembrou ela.
No Brasil, a estimativa é de 1 estupro a cada 11 minutos. Por aqui, também cerca de somente 10% dos casos são levados à polícia, segundo o Ipea. Registrados, são 50 mil casos por ano, mas a estimativa é de que os crimes passem de 450 mil.
Feita em 2016, a pesquisa do Datafolha mostrou que 42% dos homens entrevistados disseram que “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”, enquanto 32% das próprias mulheres creem nessa premissa.
“Só há uma pessoa responsável, uma pessoa que pode prevenir o estupro: o próprio estuprador”, afirmou Kennes.
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