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Quase todo mundo tem alguma cicatriz, ainda que não seja visível. Mesmo assim, estas marcas na pele são vistas como algo negativo por muita gente e costumam causar vergonha. Agora, um projeto fotográfico promete mostrar o que geralmente é deixado escondido.
O Behind The Scars (“Por trás das cicatrizes”, em inglês) foi idealizado pela fotógrafa londrina Sophie Mayenne. O projeto mostra pessoas e suas cicatrizes, contando a história de cada marca. Ao Bored Panda, a artista revelou que sempre se sentiu atraída por aquelas coisas que fazem de cada pessoa única – e as cicatrizes são exatamente isso.
“‘Behind the Scars é uma celebração da beleza, das imperfeições, das batalhas ganhas e dos obstáculos vencidos. É sobre sobrevivência, viver além disso e capturar memórias“, descreve o site do projeto. Algumas das fotos e resumos das histórias registradas por Sophie podem ser vistas abaixo.
Desde que tenho 18 meses fui diagnosticada com epidermólise bolhosa e até o começo deste ano eu pude viver uma vida quase normal, apesar da minha pele. Era fácil de esconder e de gerenciar. Mas no início deste ano eu comecei a piorar e agora eu consigo fazer menos coisas do que já pude.
Fui diagnosticada com um tipo raro e extremamente agressivo de câncer chamado Osteossarcoma quando tinha 27 anos. Os médicos acham que eu tinha o tumor desde os 26.
Em dezembro de 2014 eu fui diagnosticada com fibromialgia, uma condição que causa dor crônica. Depois em 2015 em fui diagnosticada com síndrome de fadiga crônica. Ambas condições não combinam bem com minha paixão pela dança – e minhas articulações e músculos foram afetados. À medida que minha condição piorou, meu trato Íliotibial apertou e não suportava mais minha articulação do quadril corretamente. Sempre que eu caminhava, eu podia facilmente deslocar meu quadril. […] Eventualmente em 1º de fevereiro de 2017, eu fiz uma operação que me permitiu caminhar e dançar novamente sem dor.
Minhas cicatrizes foram feitas enquanto eu estava em coma por 90 dias. As cicatrizes no meu rosto, pescoço e virilha estão lá porque eu sobrevivi com a ajuda de aparelhos – meus pulmões foram devastados por uma complicação decorrente da pneumonia e tiveram que me fazer parar de respirar – os aparelhos oxigenaram meu sangue e me mantiveram viva por 66 dias.
Eu pedi para minha filha fazer o jantar e fui me deitar – e não acordei. […] Quando acordei eu estava confusa. Eu não reconhecia minha filha ou minha amiga. Eles descobriram que eu tive dois tipos de meningite e eu fui posta em coma induzido por um mês. Quando acordei, eu não conseguia falar. […] Descobri mais tarde que haviam posto tubos de alimentação em minha garganta.
Tenho convivido com problemas psicológicos desde o início da adolescência. Usei estratégias não saudáveis para lidar com isso, incluindo automutilação, mas eu não sinto mais vergonha das marcas que ficaram em mim. Elas não são feias ou bonitas, elas são apenas parte do meu corpo.
Meu tumor mudou minha vida de tantas maneiras. Uma operação de remoção do tumor, do tamanho de uma toranja, mudou minha vida e me deu autoconfiança em um nível verdadeiramente incondicional.
Eu comecei a me automutilar quando tinha 13 anos e lutei muito desde então. O problema com a automutilação é que ela se torna pior progressivamente e você acaba fazendo mais e mais danos a si mesmo do que imaginou ser possível quando começou.
Nasci com quatro buracos no meu coração e tenho usado meu zíper desde que tenho duas semanas de vida. Tive minha segunda cirurgia no coração aos 2 anos e minha terceira aos 26 (6 meses atrás) porque meu coração era grande demais.
Para acompanhar mais histórias, siga Sophie no Instagram e não deixe de conferir o Tumblr do projeto.
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