A solidão é um problema crônico da sociedade moderna e pode atingir qualquer pessoa de qualquer idade. Muitas vezes, uma mudança aparentemente comum, como uma criança que troca de escola e não se encaixa, é o bastante para abrir essa caixa.
Diversos estudos indicam que mais de uma em cada três pessoas dos países ocidentais – ao qual inclui-se o Brasil – sente-se sozinha habitualmente ou com frequência.
Há vários fatores que culminam nessa taxa, como o envelhecimento da população, o crescimento dos afazeres diários, o pouco tempo de lazer, a falta de contato pessoal trazido pelas redes sociais, mas, principalmente, o isolamento social causado pela farta porção de informações que atingem o ser humano todos os dias.
Por isso, o Reino Unido anunciou nesta quinta-feira (18) a criação de um ministério para tratar do que a primeira-ministra Theresa May classifica como “a triste realidade moderna”: a solidão.

Theresa May
Em 2017, uma comissão formada pelo governo britânico atestou que 9 milhões de pessoas na região, muitas vezes, ou sempre, sentem-se sozinhas. Os países que compõem o território britânico, juntos, possuem cerca 65 milhões de pessoas.
Os médicos alertam que o isolamento social é uma epidemia crescente que pode ter consequências físicas, mentais e emocionais. A solidão também foi classificada como o maior risco de doença cardíaca, diabetes e câncer, de acordo com os pesquisadores.

Solidão é um problema do mundo moderno
Tracey Crouch será a ministra responsável pela pasta. May também sugeriu que o governo, em parceria com a população e empresas, crie uma estratégia para impedir que as pessoas se sintam solitárias. Até o fim de 2018 o plano deve ser divulgado.

Tracey Crouch
“Tenho certeza de que, com o apoio de voluntários, ativistas, empresas e meus colegas deputados de todos os lados da Câmara, podemos fazer progressos significativos no combate à solidão”, disse Crouch.