Em entrevista antiga, Tarantino defendeu Roman Polanski em caso de estupro a uma criança

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Depois de ter sido acusado por Uma Thurman de ter causado um acidente nos bastidores de ‘Kill Bill’ por não ouvi-la, o diretor Quentin Tarantino se tornou manchete nas principais publicações de cinema do mundo.

Nesse meio tempo, uma entrevista antiga dele ressurgiu e tem causado polêmica.

A conversa foi lembrada pelo site Jezebel e nela, Tarantino defende Roman Polanski, diretor francês julgado culpado em 1973 de estuprar Samantha Geimer quando essa tinha apenas 13 anos.

Na entrevista divulgada, Tarantino conversa com o locutor Howard Stern sobre o filme ‘Kill Bill‘, quando a conversa ruma para o caso Polanski.

Quentin Tarantino

O diretor defendeu que o caso não deveria ser tratado como “estupro de menor”, pois o ato sexual foi consentido pela adolescente, sem violência. Importante ressaltar que a condenação diz que Polanski teria drogado a criança.

“Ele não estuprou uma criança de 13 anos. Ele fez sexo com uma menor de idade. Não é estupro. Para mim, quando você usa a palavra estupro, você está falando de violência, de jogar a pessoa no chão. Estupro é um crime violento, um dos tipos de crime mais violentos do mundo. Você não pode sair jogando a palavra estupro assim”, disse ele na ocasião.

Roman Polanski foi julgado culpado de estupro de menor em 1973

Porém, de acordo com a legislação americana, uma criança não tem discernimento para consentir ou não o ato sexual e presume que nestes casos sempre há uma coerção do adulto.

Roman Polanski deve participar do próximo filme de Tarantino, que terá os crimes cometidos por Charles Manson como plano de fundo.

Charles Manson morreu em 2017

Manson foi quem ordenou um grupo de seguidores a invadir a casa de Polanski e assinar Sharon Tate, sua esposa, que estava grávida na época. Ele morreu em 19 de setembro de 2017 na penitenciária de Corcoran, na Califórnia.

Roman Polanski e Sharon Tate