Fotografia

Fotos vintage retratam os Hells Angels, a gangue de motoqueiros mais perigosa da história

20 • 02 • 2018 às 10:41
Atualizada em 22 • 02 • 2018 às 12:32
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Ícones da contracultura e da estreita fronteira entre a rebeldia comportamental e o crime, especialmente nos anos 1960, tecnicamente os Hells Angels são um clube de motociclistas, em que os membros em sua maioria dirigem motos Harley Davidson. No imaginário coletivo – e, em certos casos, na realidade – tais motoqueiros tornaram-se muito mais do que um mero clube: uma gangue, criminosos, traficantes, uma ameaça aos valores, símbolos do que há de pior nos EUA – os anjos do inferno são parte de um grande inventário norte-americano da confusão social, cultural e até policial que encontrou seu auge nos anos 1960, mas que permanece até hoje.

Apesar do conservadorismo que marca a relação do estado americano com esse tipo de grupo, não é por acaso que o Departamento de Justiça dos EUA consideram o Hells Angels uma organização criminosa: formado quase que totalmente por homens brancos (com raros espaços para mulheres brancas), o grupo é acusado de ser uma gangue racista, ligada ao tráfico, que já se envolveu diversas vezes em crimes e assassinatos.

Um dos mais terríveis capítulos da história da gangue – que para muitos representa, ao lado dos crimes da Família Manson, o fim do sonho hippie dos anos 1960 nos EUA – foi o concerto que os Rolling Stones realizaram em Altamont, na Califórnia, em dezembro de 1969. Eram os Hells Angels quem faziam a segurança do famigerado show e, diante de uma imensa multidão (cerca de 300 mil pessoas) a violência começou a reinar, a coisa perdeu o controle e, ao fim, um jovem chamado Meredith Hunther foi assassinado por um dos motoqueiros.

Segundo o governo americano, hoje os Hells Angels possuem 2500 membros em 26 países, mas em 1965 eram um grupo maior, e ainda um tanto identificado com a contracultura e a rebeldia juvenil simplesmente. Foi nesse ano que o fotógrafo Bill Ray passou algumas semanas com os Angels, registrando a vida dentro do grupo para a revista LIFE. As fotos nunca foram publicadas e, mais de 50 anos depois, há poucos anos tais registros da realidade de um dos mais famosos e ameaçadores grupos americanos finalmente vieram à tona – e ilustram essa matéria.

Publicidade

© fotos: Bill Ray


Canais Especiais Hypeness