Inspiração

O tipo de formiga que resgata as companheiras e oferece cuidados médicos

19 • 02 • 2018 às 05:36
Atualizada em 19 • 02 • 2018 às 10:47
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

 

As formigas Matabele receberam esse nome em homenagem aos ferozes guerreiros de uma importante tribo Bantu. E, além de serem algumas das maiores do mundo (com quase 20 mm de comprimento), elas também são ótimas guerreiras. Exércitos de 200 a 500 formigas invadem cupinzeiros de duas a quatro vezes por dia com o objetivo de matar os cupins e se alimentar deles.

Acontece que, apesar de serem ótimas guerreiras, estas formigas também sofrem algumas baixas. Os cupins podem arrancar pedaços delas com suas mandíbulas, causando graves ferimentos. Mas os pesquisadores da Universidade de Würzburg descobriram um comportamento incomum da espécie: as Matabele são capazes de resgatar suas companheiras e oferecer cuidados médicos.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas observaram as formigas no parque nacional de Comoé, na Costa do Marfim. Eles descobriram que os insetos machucados expeliam componentes químicos que funcionavam como um pedido de ajuda às companheiras de batalha. Assim, as formigas feridas são carregadas até a colônia pelas colegas. Uma vez em casa, mais de 95% delas conseguem se recuperar, o que resulta em uma colônia 29% maior.

Acredita-se que um dos principais responsáveis por este alto índice de recuperação seja o cuidado intensivo que as formigas recebem. É comum que indivíduos da espécie lambam as feridas das companheiras por um longo tempo. Embora os cientistas ainda não saibam exatamente qual a finalidade deste comportamento, eles acreditam que as lambidas funcionem na prevenção de novas infecções ou até mesmo auxiliem na cura da ferida.

Legal, né? Os resultados da pesquisa foram publicados na edição de 14 de fevereiro da revista Proceedings of the Royal Society B pelos pesquisadores Erik T. Frank, Marten Wehrhahn e K. Eduard Linsenmair.

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Fotos: Reprodução


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