Arte

Por uma selfie, americano quebra o ‘dedo’ de estátua chinesa de 2 mil anos

26 • 02 • 2018 às 09:54
Atualizada em 26 • 02 • 2018 às 10:05
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Por mais maravilhosas que a internet, as redes sociais e as novas tecnologias sejam, elas também parecem diariamente redefinir os limites da irracionalidade humana – ou ao menos facilitar e estimular a exposição de idiotices que antes permaneciam privadas.

Em nome de uma selfie e uma gracinha entre amigos, um americano de 24 anos de idade destruiu parcialmente um exemplar de uma das mais importantes obras de arte e da arqueologia da humanidade: o Exército de Terracota, coleção de esculturas chinesas do século 3 a.C..

O “antes e depois” da escultura, com e sem o polegar

O americano em questão chama-se Michael Rohana e o ocorrido se deu em dezembro do ano passado: Michael estava com amigos no Instituto Franklin, na Filadélfia, nos EUA, participando de uma festa em outra dependência do museu, quando decidiu adentrar o local da exposição dos Guerreiros de Xian, como são conhecidos os soldados chineses esculpidos em terracota, sem autorização. Michael então abraçou uma das esculturas para uma selfie e, não satisfeito, decidiu levar como um souvenir o polegar do soldado para casa – não sem antes, é claro, postar uma foto do dedão.

As estátuas chinesas representam o exército do primeiro imperador chinês, Qin Shi Huang, e eram criadas como uma forma de arte funerária, para serem enterradas junto com o imperador, a fim não só de ilustrar a grandeza do governante como de protege-lo na vida após a morte. As cerca de 8 mil estatuas que compões a coleção foram descobertas em 1974, e cada uma delas chega a ser avaliada em cerca de 4,5 milhões de dólares. No museu da Filadélfia estão presentes somente 9 soldados.

Detalhe da escultura, acima antes do ocorrido, e abaixo, já sem o polegar

A falta do polegar foi percebida somente alguns dias depois, já em janeiro de 2018, e através das câmeras de segurança o rapaz foi identificado e, assim, preso por roubo e ocultação de obra de arte, além de transporte interestadual de peça roubada. Michael foi solto sob fiança e aguarda julgamento, mas a notícia enfureceu as autoridades chinesas, que agora exigem punição severa ao americano que destruiu um tesouro nacional chinês.

Os soldados de terracota, no museu arqueológico, na China

Se for condenado, Michael pode pegar até 10 anos de prisão – e uma vida inteira de vergonha.

 

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© fotos: divulgação


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