Arte

Produtora de Harvey Weinstein, o predador sexual de Hollywood, declara falência

27 • 02 • 2018 às 11:28 Kauê Vieira
Kauê Vieira   Sub-editor Nascido na periferia da zona sul de São Paulo, Kauê Vieira é jornalista desde que se conhece por gente. Apaixonado pela profissão, acumula 10 anos de carreira, com destaque para passagens pela área de cultura. Foi coordenador de comunicação do Projeto Afreaka, idealizou duas edições de um festival promovendo encontros entre Brasil e África contemporânea, além de ter participado da produção de um livro paradidático sobre o ensino de África nas Escolas. Acumula ainda duas passagens pelo Portal Terra. Por fim, ao lado de suas funções no Hypeness, ministra um curso sobre mídia e representatividade e outras coisinhas mais.

Outrora um dos produtores mais conceituados de Hollywood, Harvey Weinstein viu seu mundo cair após uma série de denúncias de abuso sexual, assédio e estupro feitas por cerca de 70 atrizes. O assunto tomou conta da indústria de cinema mais poderosa do mundo, gerando inclusive movimentos incentivando denúncias contra o assédio. Agora, mais um capítulo aumenta o drama vivido pelo abusador, a declaração de falência de sua principal companhia, a Weinstein Company.

Após diversas tentativas de evitar o pior, os diretores da empresa não conseguiram se recuperar da repercussão negativa e especialmente do processo chefiado pelo procurador do Estado de Nova York, Eric Schneiderman, que colocou um ponto final nas negociações para a venda.

Harvey Weinstein é acusado abusar de 70 mulheres

Foram muitas as tentativas de se livrar da companhia, mas com algum dinheiro no bolso. Sediada na cidade de Nova York, a The Weinstein Company foi oferecida ao mercado por um valor de 500 milhões de dólares (mais ou menos 1,6 bilhões de reais), entretanto as conversas com investidores vindas desde o Natal não prosperaram.

Para o procurador, o processo movido pelo Estado contra o conselho diretivo questiona justamente as violações de direitos exercidas pela empresa ao longo dos anos, o que inviabiliza qualquer tipo de transação financeira.

“Se algum comprador quiser fazer as coisas corretamente, deve indenizar e proteger as vítimas”, disse o procurador do Estado de Nova York, “é uma obrigação legal de qualquer corporação.” ressalta.

Em nota publicada pelos jornais San Francisco Chronicle e Los Angeles Times, o corpo diretivo reafirma a tentativa de preservar os ativos e empregos e lamenta a falta de opções para evitar o fim das atividades.  

“A Weinstein Company tentou uma venda ativa com a esperança de preservar os ativos e os empregos” da empresa, mas “hoje essas conversas terminaram sem a assinatura de um acordo.”

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