O diretor Quentin Tarantino ganhou as manchetes após Uma Thurman, recorrente estrela de suas obras, vir a público falar sobre uma ocasião em que sofreu graves lesões em um acidente de carro nos bastidores do ‘Kill Bill‘. Ela acusou Tarantino de ter sido negligente com sua segurança.
Em artigo publicado no The New York Times, a atriz expõe toda sua irritação com Tarantino. Ela publicou o vídeo do acidente em suas redes sociais, um clipe que a produtora Miramax, temendo represálias jurídicas, havia impedido a artista de assistir.
Ela ressaltou, porém, que o diretor se arrependeu do que fez. “Quentin Tarantino se arrependeu profundamente e continua arrependido por esse lamentável incidente”, disse ela.
No entanto, a atriz disse que Tarantino também foi conivente com o abuso sexual sofrido por ela por parte de Harvey Weinstein. Chamado de “predador” após uma série de mulheres o acusarem de agressões do tipo, o produtor trabalhou em ‘Kill Bill’.
Uma Thurman e Quentin Tarantino nos bastidores de ‘Kill Bill’
Após o artigo ser publicado, Tarantino veio a público manifestar arrependimento pelo acidente causado nos bastidores do filme. “Eu disse a ela que ficaria tudo bem, que a estrada era reta. Disse que seria seguro. E não era. Estava enganado. Não a obriguei a entrar no carro. Entrou porque confiou em mim. E acreditou em mim”, disse ele ao site Deadline.
Thurman sentiu que a cena era perigosa e pediu um dublê, mas o diretor a convenceu de que não havia perigo. “É um dos maiores remorsos da minha vida. Como diretor, você aprende coisas, e às vezes aprende através de erros horríveis. Esse foi um dos meus erros mais horríveis, não percorri a estrada uma vez mais para comprovar o trajeto”, afirmou.
Thurman sofreu acidente de carro nos bastidores do filme
Na legenda do vídeo divulgado, Thurman diz que Tarantino foi quem lhe entregou a cópia do vídeo. “Fez isso sabendo plenamente que poderia lhe prejudicar, e tenho orgulho dele por fazer o que era certo e por sua coragem”, disse, acusando os outros produtores, Lawrence Bender, E. Bennett Walsh e Harvey Weinstein, de “mentirem, destruírem provas e continuarem mentindo” sobre o ocorrido.
Com seis anos de jornalismo, João Vieira acredita na profissão como uma ótima oportunidade de contar histórias. Entrou nessa brincadeira para dar visibilidade ao povo negro e qualquer outro que represente a democracia nos espaços de poder. Mas é importante ressaltar que tem paixão semelhante pela fofoca e entretenimento do mais baixo clero popular.