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Não restam dúvidas de que os antigos romanos gostavam de festas, luxuria, comidas e do prazer de modo geral. Um dos símbolos de tal inclinação hedonista era a cidade Baia, um paradisíaco balneário localizado a 30 km de Nápoles. Espécie de Las Vegas da Roma Antiga, há cerca de 2 mil anos a cidade era o local mais indicado para que os romanos mais endinheirados pudessem curtir as termas e orgias – gastronômicas e sexuais – que marcavam as atrações da região.
A mitologia ao redor de Baia é imensa, e envolve alguns dos mais importantes personagens do império romano e da cultura antiga de Roma como um todo – não só em momentos de lazer e deleite, mas também em importantes situações históricas. Segundo consta, o grande orador Cícero era figura fácil em Baia, tendo escrito alguns de seus grandes discursos em retiros por lá.
Da mesma forma, o poeta Virgílio e o naturalista Plínio tinham casas no balneário, deixando a inspiração e a matéria prima de seus trabalhos por conta das incríveis praias, das águas translucidas e minerais, da natureza impactante – diversas cadeias vulcânicas cercam a região – além, é claro, dos prazeres diversos oferecidos.
As histórias, porém, não param por aí: brigas, intrigas, conspirações e assassinatos também marcam o imaginário da antiga Baia: Cleópatra teria fugido de lá em um barco após o assassinato de Júlio César, em 44 a.C., a mãe de Nero, Júlia Agripina, teria planejado e executado na cidade o assassinato do imperador Cláudio, com cogumelos e um bulbo selvagem venenoso, a fim de que seu filho assumisse o comando do império, e muito mais. Baia era local para negociações, conspirações e tramas entre os poderosos e ricos de Roma.
Os místicos acreditam que os hábitos hedonistas (e, portanto, pecaminosos) de Baia levaram à cidade à ruína literal – boa parte da cidade, afinal, afundou ao mar, destruída. O que ocorreu, porém, foi que a intensa atividade vulcânica da região transformou a antiga Baia em uma cidade submersa, condenada a emergir e submergir através das atividades sísmicas. Tais ruínas marítimas somente foram descobertas nos anos 1940, e desde então até 2002 o sítio permanecia fechado, acessado somente por arqueólogos.
Em 2002 as ruínas de Baia foram classificadas como área de proteção e enfim abertas ao público. Baia hoje encontra-se debaixo d’água mas em uma área rasa, com cerca de 6 metros de profundidade somente, e algumas estruturas podem ser vistas de barco – enquanto parte da cidade antiga permanece acima do nível do mar. O futuro de todo esse passado, porém, é incerto: é previsto que as atividades vulcânicas aumentem na região, e as ruínas podem ser fechadas permanentemente para sua preservação.
É evidente que o pecado não destrói cidades, ou basicamente o mundo inteiro estaria submerso, mas a força da natureza não se importa com a história ou com tesouros, e toda ruína romana é um pouco uma lembrança de que as riquezas e imponências, por maiores que sejam, necessariamente estão com os dias contados.
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