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Uma semana por mês, ou conforme novas inspirações e projetos surgem, Bel Coelho abre as portas do Clandestino. Com menus-degustação que funcionam de 12 a 15 tempos, com pequenos pratos e bocados, o pequeno espaço recebe até 24 pessoas a cada noite, sempre com reserva antecipada. A faxada não é chamativa e não leva placa do restaurante. O que se vê bem é a cozinha, toda aberta e com porta de vidro. Quem passa pelo lugar acompanha a equipe nos pré-preparos dos jantares.
Bel Coelho, à frente do Clandestino
Bel é um dos grandes exemplos de mulheres que se destacam na gastronomia profissional – ambiente antes dominados por homens. “A mulher era presente e bem vinda na cozinha de casa. Na cozinha profissional o homem imperava até o século XX. Essa marca é ainda muito forte, mas vem mudando graças a consciência da sociedade e luta das mulheres”, diz a chef.
Dentro dos menus que oferece, tema dos Orixás não é de hoje, apesar das inspirações mudarem com o tempo e alguns pratos serem reinventados. “Frequento alguns terreiros mas não sou filha de santo. Fiz pesquisa através de livros e relatos de que pessoas que são do santo”, explica Bel. A decoração do lugar também entra na referência. Ilustrações de cada um dos orixás homenageados estão nas paredes e no menu.
As obras do salão são de Paulo Ribeiro e retratam cada um dos oxirás
Contracapa do menu com todos os orixás reunidos
Na seleção dos produtos, tudo depende da pesquisa e da sazonalidade dos ingredientes, já que tudo é orgânico com preferência para os pequenos produtores. O preço da experiência? R$ 310 ou R$ 480, se harmonizado com sete taças de vinho e duas cervejas.
Ali, come-se muito bem. Muito mesmo. Eu, por mais que não seja a melhor referência de ‘boa de garfo’, não consegui comer tudo. Tudo começa com pequenas porções, que vão ficando maiores com o passar da sequência de pratos. De um cubo de cupim preparado como carne de sol e cozido por 72 horas, até o quiabo crocante, passando pelo bombom de sarapatel com jabuticaba até chegar ao acarajé de feijoada, provamos somente os bocados.
O cubo de cupim reinando
Uma fina camada de gelatina de jabuticaba envolve o bombom de sarapatel
Nos pratos, muitos sabores e sensações, ora da terra, ora do fogo, ora da água. O surpreendente creme de cogumelos com farofa de milho vermelho, pinhão e nibs de cacau homenageia Oxóssi e o creme de batata doce e gerânio, o sabor mais diferente do cardápio, é para Oxumaré. Dos pratos mais robustos, o vinagrete de feijão fradinho com camarão grelhado e molho de coco e gengibre foi feito para Iansã. Já o pintado defumado com purê de banana da terra, tucupi e flor de jambu, absoluto e incrível, é ofertado a Logunedé. Xangô, orixá da justiça, dos trovões e das pedreiras, ganhou um arroz de rabada.
O delicado creme de batata doce
Conserva de maxixe para Ossaim
O camarão para Iansã
Os sabores da terra
Esse pintado daria pra comer pela vida inteira
Pensando em Yemanjá, a espuma de canjica com pérolas de coco e raspadinha de uva e romã – as frutas férteis. Dos preferidos de muitos que passaram por lá, o prato para Oxum trazia banana ouro coberta com uma camada de gelatina de mel, servida com creme de requeijão mineiro e sorvete de gema. O clássico araçá para Oxalá chegou acompanhado da jujuba de bacuri para a criança Ibeiji, da telha de pipoca para Omolu e do bombom de chocolate branco com lavanda para Ewá. Tudo acompanhado de um café coado da Fazendo Ambiental de Fortaleza.
A sobremesa campeã do menu
O tema dos orixás vai e volta, assim como outros menus que Bel já apresentou por ali. O próximo será em maio, com o tema “Da Terra ao Prato”. Os pratos devem explorar somente o universo vegetal. O menu dos “Biomas” e o “Herança Portuguesa”, também conhecidos da casa, voltam depois no segundo semestre desse ano.
Para saber das próximas datas, fique de olho nas redes da Bel Coelho e do Clandestino.
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