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A seguir o manual de como trocar uma visão progressista por pensamentos retrógrados em um curto intervalo de tempo. A história vem das Bermudas, que depois de legalizar o casamento homoafetivo, voltou atrás, se tornando a primeira nação a proibir a união entre casais do mesmo sexo.
Mais do que polêmica, a mudança bizarra de postura partiu do governador John Rankin que, respaldado pela Câmara, Senado e 60% de pessoas contrárias ao casamento homossexual, conseguiu derrubar a decisão efetivada pela Suprema Corte do país.
Bermudas é o primeiro país a permitir e depois proibir a união homoafetiva
Tamanho retrocesso foi analisado por meio de uma leitura política, isso pois de acordo com John a medida era uma maneira de “equilibrar” o jogo, dando voz para setores conservadores da sociedade.
Contudo, como o cerceamento do direito de ser de um indivíduo pode ser resumido ao jogo político entre progresso e conservadorismo? Para muitas pessoas esta é uma tática condenável, mas infelizmente cada vez mais comum, mesmo em pleno 2018.
Aqui no Brasil, por exemplo, não faltam vozes, dentro e fora do parlamento, que insistem em colocar a opção sexual de determinado indivíduo como fruto de uma orientação à esquerda, por exemplo. Sim, estamos no século 21, mas ainda é necessário grifar o fato de que a relação com a sexualidade e o corpo é uma questão particular e que se desenvolve de formas distintas entre os seres humanos.
“Identidades são inscritas através de experiências culturalmente construídas em relações sociais, o que é atestado pelas vivências relacionais dos entrevistados em um coletivo por afinidades em processos de lutas ou de ideias”, diz trecho do estudo Narrativas de Formação Humana de Negros Homossexuais do Coletivo Afrobixas, formado em 2015 na Universidade Federal de Brasília (UNB).
Para o governador John Rankin, a proibição do casamento gay dá voz aos conservadores
A medida radical foi criticada com veemência por organizações em defesa dos direitos humanos e grupos de ativistas LGTBIs, como Ty Cobb, diretor de uma ONG de direitos humanos. “O governador Rankin e o parlamento de Bermudas vergonhosamente transformaram Bermudas no primeiro território nacional do mundo a repelir a igualdade no casamento”, finalizou em texto publicado no Põe na Roda.
Atualmente, nações como Alemanha e Taiwan são umas das 26 que permitem a união homoafetiva. No Brasil, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legitimado pelo Conselho Nacional de Justiça há pouco mais de quatro anos. No período foram registrados mais de 400 casamentos, representando um aumento de 51% em relação ao primeiro ano da medida.
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