Deputada propõe multa para cada vez que um homem se masturbar por motivo excelente

Kauê Vieira  • Sub-editor Nascido na periferia da zona sul de São Paulo, Kauê Vieira é jornalista desde que se conhece por gente. Apaixonado pela profissão, acumula 10 anos de carreira, com destaque para passagens pela área de cultura. Foi coordenador de comunicação do Projeto Afreaka, idealizou duas edições de um festival promovendo encontros entre Brasil e África contemporânea, além de ter participado da produção de um livro paradidático sobre o ensino de África nas Escolas. Acumula ainda duas passagens pelo Portal Terra. Por fim, ao lado de suas funções no Hypeness, ministra um curso sobre mídia e representatividade e outras coisinhas mais.

Uma deputada do Texas, nos Estados Unidos, encontrou uma forma, digamos, inusitada para chamar a atenção para o que interpreta como leis restritivas ao aborto.

Parlamentar do Partido Democrata, Jessica Farrar apresentou um projeto de lei que proíbe a masturbação masculina e ainda multa em cerca de R$ 300 reais homens que fossem pegos se masturbando no estado texano.

“Todas as ejaculações fora da vagina de uma mulher ou criadas fora de uma instalação médica ou de saúde”, salientou.

Deputada quer multar homens que se masturbarem no Texas

Ciente de que o projeto nunca será aprovado, Jessica Farrar argumenta que sua proposta não é mais extrema do que as leis que proíbem os direitos das mulheres que gostariam de interromper a gravidez, por exemplo. A parlamentar argumentou que esta foi a forma encontrada para demonstrar suas insatisfações contra medidas conservadoras adotadas pelo governo Trump.

“Por muito tempo, Texas permitiu que os mais inocente entre nós fossem jogados fora como lixo”, discursou em sessão plenária sobre o projeto.

Mas não para por aí, a deputada propõe ainda que os homens tenham prescrição médica para comprar o Viagra e que façam uma série de exames antes de prosseguirem com o processo de vasectomia.

“Os texanos merecem ser tratados com o mesmo respeito quando tomam decisões sobre sua saúde, independentemente do gênero”, disse em sua página do Facebook.

Lembrando que o aborto é legalizado nos Estados Unidos há 44 anos, contudo desde o início do governo de Donald Trump, marcado por medidas conservadoras, o direito das mulheres está em xeque. Os que são contrário ao método enxergam no presidente eleito uma chance de derrubar a lei conhecida como Roe x Wade.

Aparentemente a derrubada da legalidade do aborto é pouco provável, já que pesquisas apontam que mais de 60% dos norte-americanos são favoráveis a manutenção do direito.