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Ao mesmo tempo em que se coloca como um espaço de emancipação da mulher, a música também reflete práticas sociais históricas como a violência contra a mulher.
A manifestação do machismo sempre esteve presente nas composições dos músicos brasileiros e ao contrário do que qualquer tipo de estereótipo possa apontar, a exclusividade não pertence ao funk.
A campanha discute o machismo nas músicas brasileiras
Para se ter uma ideia do hábito, no início do século 20, Noel Rosa compôs o samba Mulher Indigesta, dizendo que elas “mereciam um tijolo na testa”. A composição do sambista foi gravada por nomes como Ivan Lins. Quem também ganhou destaque negativo com um lançamento musical foi Sidney Magal, que nos anos 1980 cantava “se te agarro com outro. Te mato! Te mando algumas flores. E depois escapo”.
Com objetivo de virar o jogo e cessar esta prática secular, a Prefeitura de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, criou uma campanha mostrando as formas pejorativas que a música brasileira trata a mulher. Inclusive com incitações à violência.
A ideia é analisar o machismo em todos os gêneros musicais
A inciativa começou a circular no mês passado, quando pipocaram as primeiras imagens de mulheres segurando cartazes com trechos de canções com rastros de machismo. Para a Secretária de Políticas para as Mulheres, Danusa Alhandra, a ideia surgiu depois do lançamento do funk Surubinha de Leve, autoria de MC Diguinho.
A letra rendeu críticas ao cantor, que se viu obrigado a fazer alterações na letra original, que para falar das mulheres dizia, “só surubinha de leve com essas filhas da puta. Taca bebida, depois taca a pica e abandona na rua”.
Entretanto, é preciso ter cautela para não estigmatizar o funk como a único proliferador do racismo. Como foi ilustrado acima, o machismo é questão fundante da sociedade brasileira, assim se manifestando em diversos estilos musicais.
MC Diguinho teve que alterar letra de canção machista
Da mesma forma que o estilos como funk, rap, samba e bossa nova proliferam pensamentos discriminatórios a respeito da mulher, também existe uma onda tomando o caminho contrário e para além da valorização feminina, abrindo espaço para que a própria mulher seja protagonista de sua história. Caso do trabalho da funkeira Ludmilla e da rapper MC Soffia, por exemplo.
“Se você diz que é só o funk, que é cantado nas favelas e na periferia, você está afirmando que apenas um segmento da sociedade é machista e violenta”. E não é. Como está em todos os estilos musicais, a violência e a cultura de ver a mulher de forma submissa está em toda a sociedade, na classe média, na alta, na baixa,” diz Danusa Alhandra para a BBC Brasil.
Um dos países com o maior número de mulheres vítimas de violência no mundo, o Brasil registra cerca de 503 mulheres vítimas de algum tipo de agressão ou violência a cada hora. Os dados são de uma pesquisa do Instituto Datafolha e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública realizada em 2017.
Sucesso absoluto, as imagens já foram compartilhadas por centenas de milhares de pessoas. E como diz Maria Bethânia, “não mexe comigo, que eu não ando só. Eu não ando só.”
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