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A transição alimentar para o vegetarianismo ou o veganismo nem sempre é fácil. Marcella Izzo sentiu isso na pele: não que ela sentisse falta da carne, mas o sabor das receitas à base de soja não a agradava muito. Depois de criar pratos mais variados que empolgavam as amigas, ela decidiu que poderia atingir mais pessoas com o mesmo problema.
Foi assim que surgiu a ideia para criar o No Bones, o primeiro açougue vegano do estado de São Paulo, do qual ela é sócia ao lado do namorado, Brunno Barbosa. Após pouco mais de um ano fazendo sucesso com os pratos congelados, os dois decidiram passar a servir as receitas de Marcella na garagem localizada na Rua Caraíbas, na Pompeia, zona oeste de São Paulo.
Fachada do No Bones (Foto: Divulgação)
Fomos até o No Bones para conferir a novidade e bater um papo com a Marcella, que adora conversar com os clientes, seja sobre veganismo ou outros assuntos. Para começar, ela explica sobre o conceito de açougue vegano: “Nós trabalhamos com cortes de origem vegetal, que lembram os tradicionais. Como o hambúrguer, a picanha, presentes no açougue convencional. Independente da matéria prima, se são cortes, somos um açougue. Sem nada de origem animal”.
Toda a produção dos alimentos é feita de forma artesanal seguindo as instruções de Marcella, numa cozinha próxima ao açougue. O sucesso tem sido tão grande que eles se preparam para mudar a cozinha para um local maior, além de terem aberto uma filial em Niterói, no Rio de Janeiro.
Costelinha de cogumelos ao barbecue
Entre os pratos vendidos e servidos estão a picanha vegetal, à base de arroz vermelho e beterraba, com queijo de batata para simular a gordurinha; a costelinha de cogumelos eryngui com barbecue; o ‘caveman meat’, mix de feijões com batata doce para simular um osso; e o carré de quinoa preta com shimeji, também com ‘osso’ de batata doce.
Há também salsichas de tomate seco, batata, cenoura e beterraba e de alho; linguiças à base de feijão branco com cogumelo eryngui, com e sem pimenta, e de espinafre com ervas finas, além de seis opções de hambúrguers: de grão de bico, quinoa com ervas finas, feijão preto com azeitona, feijão azuki com cenoura e ervas, lentilha vermelha com gengibre e aveia e de ervilha com cenoura e especiarias.
‘Caveman Meat’, à base de mix de feijões
As refeições variam entre R$19,90 (hambúrgueres ou espetinho de legumes), R$29,90 (carré ou caveman meat) e R$39,90 (picanha vegetal ou costelinha de cogumelos). Todos os pratos acompanham porções de batata palito e pão com alho.
Marcella e Brunno trabalham com o conceito de slow food: os pratos, assados ou grelhados na pedra, demoram de 25 a 60 minutos para ficarem prontos, dependendo da quantidade de clientes esperando pelas refeições. Durante a espera, vale a pena experimentar os refrigerantes orgânicos ou as cervejas veganas, curtindo um papo nas mesas colocadas na calçada ou no terraço.
(Foto: Divulgação)
Para quem não pode sentar e esperar, há opções de salgados, como a clássica coxinha de jaca. Aliás, o No Bones vende pacotes de carne de jaca desfiada, sem tempero, bem prático para quem quiser testar receitas em casa.
E por que simular os cortes de carne com receitas veganas? Marcella explica que o churrasco é uma reunião prática, um ritual, não apenas uma forma de alimentação. “A gente quis trazer a praticidade para o vegetariano e o vegano conseguirem se incluir, e também mostrar aos carnistas que todo esse leque existe”.
Além disso, eles atendem àqueles na transição, que podem sentir falta de memórias afetivas do churrasco: “’Ah, eu sinto falta do visual’. Aqui a gente trabalha com o visual. ‘Ah, sinto falta do cheirinho de defumado’. A gente tem aqui. É pra todo mundo que está na transição, ou que quer experimentar algo diferente, ou mesmo deixar de excluir pessoas da vida social por causa dos hábitos alimentares que o No Bones está aqui”, conclui.
No Bones
Local: Rua Caraíbas, 1243. Pompeia, zona oeste de São Paulo
Horário de funcionamento: Segunda a sexta, das 10h às 20h; Sábados, das 10h às 18h
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