Arte

Artista ou cientista? Artista cria esculturas que desaparecem diante dos nossos olhos

01 • 04 • 2018 às 19:06
Atualizada em 02 • 04 • 2018 às 19:06
Tuka Pereira
Tuka Pereira Jornalista há mais de uma década e 'escrevinhadora' há muito mais tempo, Tuka Pereira aborda feminismo a gatinhos fofos com a mesma empolgação. Se existe algo que gosta mais do que escrever é carimbar o passaporte. Já esteve em boa parte do mundo e todo dinheiro que ganha gasta em viagens.

Usando a ciência e a arte, Julian Voss-Andreae cria incríveis esculturas que podem desaparecer bem diante de nossos olhos. Composta por uma série de chapas de aço em camadas, as obras formam uma imagem humana em um certo ângulo, mas desaparecem em outros.

“Quando se aproxima da frente ou de trás, a escultura parece consistir em aço sólido, mas quando vista de lado desaparece visualmente quase completamente”, diz ele.

Julian é formado em física quântica na Alemanha e depois estudou esculturas no Oregon, primeiro aprendendo as formas e funções das proteínas. Em 2006 ele construiu sua primeira escultura invisível.

Para fazê-las, ele usa um scanner 3D para fotografar um sujeito em todos os ângulos, o que consiste basicamente em 165 pequenos computadores, cada um com uma pequena câmera. Usando estas fotos, as informações 3D são calculadas para as esculturas começarem a serem confeccionadas. Os modelos são feitos no computador e então ele usa um laser para cortar o ferro, bronze e titanium.

Sobre o efeito da invisibilidade, o artista explica:

“Esse efeito fascinante oferece uma gama de possíveis interpretações. No contexto da arte da física quântica, é natural ver este tipo de escultura como uma metáfora para a dualidade onda-partícula, o fenômeno de que toda a matéria exibe propriedades parecidas com ondas ou semelhantes a partículas, dependendo da pergunta experimental que fazemos”.

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Imagens: Reprodução


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