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Todos os dias, às 5:30 da manhã, a russa Lyubov Morekhodova, de 76 anos, se levanta em meio ao frio da Sibéria, dá um pouco de comida para suas vacas e as leva para pastar numa montanha.
A idade não diminui sua disposição, e ela costuma patinar pelas águas congeladas do grande Lago Baikal para conferir se as vacas estão bem. Lyubov – cujo nome significa Amor – também cuida de alguns cachorros, um gato, galos e galinhas, bezerros e búfalos.
Ela vive sozinha numa pequena casa às margens do Baikal desde 2011, quando o marido faleceu. Engenheira e especialista em tecnologia, ela trabalhou por 42 anos em uma fábrica de Irkutsk, uma das maiores cidades da Sibéria, até se aposentar e decidir voltar para a casa onde passou a infância.
Foi lá mesmo que, mais de 70 anos atrás, o pai de Lyubov fez o par de patins que ela usa desde os 7 anos de idade. Ele cortou uma serra de metal e inseriu as duas metades em pedaços de madeira, criando o dispositivo que Lyubov amarra até hoje em suas Valenki, tradicionais botas de feltro.
“Não gosto dos patins modernos. Eles ficam soltos na região dos tornozelos e meus pés ficam gelados. Os Valenki estão sempre quentes”, conta a senhora, que costumava apostar corridas com os colegas de trabalho usando os mesmos patins.
Lyubov se tornou uma pequena celebridade na Rússia depois que um amigo publicou imagens dela patinando na internet. Vários jornalistas a convidaram para viajar a Moscou para dar entrevistas, mas ela prefere o recolhimento, apesar de não ver problemas em atender as equipes dispostas a ir até a margem do Baikal.
Os filhos, sobrinhos e netos de Lyubov costumam visita-la no verão, mas os pedidos para que ela se mude de volta para a cidade não são capazes de convence-la.
Contemplar o Baikal é o que mais a alegra: “Eu sento sozinha na cozinha. Sento e olho para isso (o lago). Me traz felicidade, bom humor, e sempre penso que se alguém estivesse sentado ao meu lado eu diria ‘Que beleza. Que incrível beleza’”.
A rotina de Lyubov inclui subir e descer até dez vezes um morro para buscar água para ela e os animais. Ela também é ótima no bordado, macramê, crochê e na tecelagem com contas.
Não há nada no Baikal que a assuste. “Não sinto medo aqui. Nem sei do que eu deveria ter”, conta. “A única coisa desagradável são os turistas bêbados dirigindo quadriciclos que sempre dão um jeito de quebrar alguma coisa. Já mataram dois cães e viraram meu barco de cabeça para baixo”, completa.
“Mas eu percebi que não posso fazer muito sobre eles. No verão, vem muita gente para cá. Apenas digo ‘Recolham seu lixo, arrumem a própria bagunça. Não deixem nada para trás, tudo acaba no Baikal”, conta a protetora do lago, que diz viver uma vida feliz junto aos animais. “No verão posso ver minha família, e no inverno estou ocupada demais para ficar entediada”, conclui.
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