Debate

Ela postou vídeos assustadores de ex a perseguindo após denúncias na polícia sem resultado

16 • 04 • 2018 às 12:46
Atualizada em 15 • 08 • 2018 às 10:24
Kauê Vieira
Kauê Vieira   Sub-editor Nascido na periferia da zona sul de São Paulo, Kauê Vieira é jornalista desde que se conhece por gente. Apaixonado pela profissão, acumula 10 anos de carreira, com destaque para passagens pela área de cultura. Foi coordenador de comunicação do Projeto Afreaka, idealizou duas edições de um festival promovendo encontros entre Brasil e África contemporânea, além de ter participado da produção de um livro paradidático sobre o ensino de África nas Escolas. Acumula ainda duas passagens pelo Portal Terra. Por fim, ao lado de suas funções no Hypeness, ministra um curso sobre mídia e representatividade e outras coisinhas mais.

A relação acabou. Cada um para o seu lado. Quem sabe não dê até para criar um vínculo de amizade. Bom, caminho natural para o fim do relacionamento, infelizmente esta não é a regra envolvendo separações Brasil afora.

Pelo contrário, a cada ano que passa aumentam os registros de casos de agressões, ameaças e até mortes de mulheres vítimas de seus companheiros. Seja por ciúme, inconformismo ou retaliação, famosas e anônimas convivem com a sensação de ameaça e insegurança.

A moradora de Arraial D’Ajuda denuncia perseguição do ex-namorado

Recentemente MC Carol entrou em luta corporal para se defender do ex-marido que invadiu sua casa armado com uma faça. Na Bahia, precisamente em Arraial D’Ajuda, Carol Moura postou vídeos assustadores se defendendo do ex-namorado de 1 ano de relação. As ameaças são constantes e acontecem pelo menos desde 2017, quando acordou com o ex-companheiro filmando seu rosto de forma macabra.

A paulista radicada no Nordeste relata que teve sua casa invadida pelo ex-namorado, que pulou o muro em plena luz do dia. Assustada e na tentativa de garantir a segurança de seus dois filhos, a moça enfrentou o agressor, conseguindo expulsá-lo.

Preocupada Carol procurou a polícia, mas recebeu dos policiais a resposta de que o caso não pode ser considerado como invasão de domicílio. Este é um dos grandes desafios do combate à violência contra a mulher. Falando ao Brasil Atual, Ana Rita Souza Prata, defensora pública e coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, chamou a atenção para as responsabilidades do Estado.

“É preciso enfrentar a questão da violência de gênero como algo que decorre de uma cultura machista. Aceitar isso, entender e, a partir daí, criar políticas para desconstruir tal cultura. Só assim vamos conseguir de fato diminuir a violência que ainda é bastante aceita”.

Por isso, é fundamental que leis como a Maria da Penha, com 10 anos completos em 2010, sejam cumpridas e além de incentivar as denúncias, garantam a segurança das mulheres.

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