Fotografia

Fotógrafo peruano coloca mulheres trans nuas como ícones religiosos em ensaio

04 • 04 • 2018 às 14:17 Kauê Vieira
Kauê Vieira   Sub-editor Nascido na periferia da zona sul de São Paulo, Kauê Vieira é jornalista desde que se conhece por gente. Apaixonado pela profissão, acumula 10 anos de carreira, com destaque para passagens pela área de cultura. Foi coordenador de comunicação do Projeto Afreaka, idealizou duas edições de um festival promovendo encontros entre Brasil e África contemporânea, além de ter participado da produção de um livro paradidático sobre o ensino de África nas Escolas. Acumula ainda duas passagens pelo Portal Terra. Por fim, ao lado de suas funções no Hypeness, ministra um curso sobre mídia e representatividade e outras coisinhas mais.

Para protestar em favor da liberdade dos transexuais, o fotógrafo peruano Jose Barboza-Gub e a mulher trans Andrew Mroczek produziram um ensaio que está chamando a atenção de todos.

Virgenes de La Puerta foi pensado com o intuito de questionar a soberania religiosa peruana e seus efeitos na vida pessoas trans. País de maioria Católica, o Peru ainda sofre grande influência da igreja em setores como o político.  

A exposição chama a atenção para as condições de vida de pessoas trans

Por não aceitar plenamente a existência de pessoas trans, que seguem sendo o grupo com maior vulnerabilidade social, acabam limitando os poucos acessos existentes desta parcela da população.

Entendendo a importância da inclusão, a dupla reuniu 17 mulheres trans usando a iconografia religiosa, como coroas produzidas pelo mesmo profissional que as confecciona para a igreja. São mulheres transexuais se apropriando de dogmas do catolicismo para a sua própria cultura, o que ressalta a coragem e força destas mulheres.

“O objetivo é servir de plataforma para que estas mulheres silenciadas há tanto tempo. Quando dizemos que somos a camada mais baixa da sociedade peruana é uma verdade irrefutável. Ainda existe muita marginalização, opressão e pouco progresso. Estas mulheres têm poucos acessos. Carecem de recursos”, apontou Andrew Mroczek em entrevista ao Daze.

 

 

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Foto: Divulgação


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