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O Instituto DataFolha acaba de publicar uma pesquisa reafirmando tudo o que todos já sabem, a classe médica é formada em sua maioria por membros da elite brasileira. Mas não se engane, pois este perfil é bem específico.
Ao todo foram entrevistados 822 profissionais da cidade de São Paulo e o resultado é a predominância de doutores do sexo masculino, brancos, com mais de 60 anos e formados ou docentes em escolas tradicionalíssimas.
Outro reforço na tese de que o acesso à saúde é privilégio de poucos, está no valor e na agenda de cada consulta. De acordo com o estudo, entre os melhores médicos da cidade, você vai precisar esperar em média 10 dias e desembolsar por volta de R$ 971 para consultas. Mas atenção, só nos planos particulares e premium. Contraponto gigantesco com a via crucis da rede pública.
Não se engane, o perfil dos médicos no Brasil é o mais elitizado possível
A partir desta leitura básica dá pra ter certeza de que a medicina ainda é um ambiente machista e classista, já que quase um milhar de médicos não conseguiu apontar uma única mulher para participar do seleto grupo dos melhores profissionais de saúde e claro, a profissão reflete como poucas o tamanho do abismo social causado pela desigualdade persistente no Brasil há séculos.
Em tempo, esta constatação feita pelo DataFolha não é, digamos, uma novidade, pois em 2015 um questionário do Exame Nacional do Ensino Médio (Enade) publicado no Outras Palavras demonstrou mais uma vez a disparidade social e de sexo.
Veja, do total de estudantes que aspiravam vaga no curso de medicina das universidades públicas brasileiras, 73,6% se declararam brancos, enquanto a porção de negros não passava dos 2,3%. Tem mais, a faixa de renda familiar também salta aos olhos, já que a média foi de 10 a 30 salários mínimos, entre R$6.780,01 e R$20,340,00.
A cultura do machismo não está presente apenas entre os formados, pelo contrário, nas universidades brasileiras é possível se deparar com diversos relatos de alunas, que além de se sentirem ameaçadas em algumas oportunidades, apontam a ausência de conteúdo voltado para a saúde da mulher, por exemplo.
A situação gerou protestos como os comandados pela Frente Feminista da Universidade de São Paulo, que reuniu coletivos como o Geni, para debater estas questões.
“Para elas, a questão do gênero não está só presente na parte social dos alunos, mas também na grade curricular. Segundo as alunas, não são vistos assuntos que retratam a saúde da mulher como um todo. Na aula de sistema reprodutor masculino e feminino, por exemplo, enquanto o masculino é completamente detalhado, incluindo orgasmos, o feminino só é citado como reprodução e sem muitas informações”, diz trecho da matéria com membras do grupo publicada no Jornal da USP.
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