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Mesmo que se dedique uma vida inteira para descobrir cada cantinho de uma grande cidade como o Rio de Janeiro, a tarefa jamais terá êxito completo. Não é à toa que os turistas que passam uma semana ou até mais tempo que isso na cidade, sempre partem com a sensação de que faltou muita coisa para conhecer e descobrir. Por isso, assim como fizemos em São Paulo numa Seleção publicada no início do ano, elaboramos uma listinha feita especialmente para ajudar aqueles que desejam sempre ir além dos cartões postais tradicionais.
Uma seleção com dicas de lugares surpreendentes que até mesmo o carioca da gema desconhece!
O hostel com pinta de labirinto fica na comunidade Tavares Bastos, no Catete, e é um projeto do inglês Bob Nadkarni que, desde 1981, se dedica a oferecer uma experiência menos convencional de hospedagem para quem visita o Rio. A arquitetura divertida e vista privilegiada para a Baía de Guanabara já serviram de cenário para inúmeros editoriais de moda e ainda clipes de Snoop Dog e Pharrell Williams. As sessions de jazz que ocorrem semanalmente – olha a próxima aí – colocaram o espaço definitivamente no radar dos cariocas. A noitada figura há mais de cinco anos na lista dos 150 melhores lugares para curtir jazz do mundo da revista Down Beat Magazine.
Parte relevante da memória histórica musical brasileira está impressa nas paredes e na alma desse estúdio localizado em uma casinha literalmente no meio do mato no bairro de Itanhangá, zona oeste do Rio. Por lá, rola rock, MPB, brega, punk e caipira. Além do estúdio, por onde já passaram Maria Rita, Adriana Calcanhoto e o Rappa, o espaço conta também com uma hospedagem com quatro quartos para artistas que vêm de outras partes do Brasil e do mundo, além de um pub próprio, perfeito para lançamentos e ensaios.
A casa e o quintal de ninguém menos que o skatista Bob Burnquist estão oficialmente de portas abertas para amantes do esporte ou quem gosta de apreciar bons hambúrgueres e drinques. Com paredes grafitadas, poltronas e mesas de pallet, o espaço – que abre de sexta à domingo – é um reduto da street art e recebe sempre exposições, mostras de filmes e shows de artistas que estão fora do circuito comercial.
O cheiro de mata e o som de pássaros e da cachoeira com piscina natural, além da vista para a Pedra da Gávea e para o mar, são chaves para o portal apaziguante e quase secreto situado entre duas grutas em plena São Conrado. O espaço de terapias holísticas tem como carro-chefe as tradições ancestrais indígenas que incluem rituais de fogueira, canto e dança, alguns inclusive com a presença de tribos brasileiras. Dois encontros são regulares na agenda: a Roda de Cura, com cantos nativos, com direito a tambor, maracá e ervas; e a Cerimônia de Fogueira, com referências dos índios Cheyenne. O espaço abriga também a escola de Xamanismo, cuja proposta é preservar e compartilhar a sabedoria dos povos indígenas através de palestras, cursos e vivências.
Cantinho encantador localizado na Ilha Primeira, destinado a oficinas culturais e atividades de educação ambiental para toda a família, tais como encontros com autores; saraus literários; contação de história; mostra de curtas; entre outros. Vale a visita para um café com bolinho e uma espiada no brechó com o sistema ‘Você coloca o preço’ e na biblioteca comunitária, que tem mais de 4 mil títulos.
“Que vista tem essa laje, Omar!” Esse é um comentário recorrente que esse pé-sujo recebe dos fregueses todo santo dia. O que começou como uma birosca no Morro do Pinto, transformou-se em um fiel representante da comida de boteco. Uma vez lá, não deixe de provar o Omaracujá, batida de fórmula guardada a sete chaves pelo proprietário e, óbvio, delicie-se com a bela vista da Zona Portuária.
Em pleno caos da Avenida Brasil, uma área privilegiada de 144.000 m² de natureza abriga uma escola que se propõe a oferecer cursos ‘de fazenda’. Instalado em uma área de proteção ambiental, o campus oferece mais de 50 tipos de cursos, com cargas entre 16 e 24 horas, como criação de galinha caipira, helicultura (criação de escargots), hidroponia, cultivo de plantas medicinais, suinocultura e comportamento e adestramento básico de cães.
Charmosíssimo polo de economia colaborativa, artes e cultura no Largo do Machado. Ao todo, a vila abriga 36 casinhas, com diversos ateliês, espaços de coworking, oficinas culturais e cafés. Dispõe ainda de um pátio interno com mesas e cadeiras coloridas, acessíveis a quem quiser fazer uma reunião de trabalho ou apenas bater um papo. Mensalmente ocorrem vernissages, exposições, feiras agroecológicas e shows, sempre abertos à comunidade.
Logo no comecinho da subida do morro Chapéu Mangueira, no Leme, o gente boníssima do David criou um botequim de respeito – já saiu até no New York Times! A dica é subir de moto-táxi, pegar uma mesinha na calçada e relaxar com uma(s) caipirinha(s) e um saudosa maloca, porção de bolinhos de milhos com queijo recheados de carne seca – se a fome for grande, experimente a feijoada de frutos do mar. Se estiver a fim de prosear, cola no David que você vai passar uma tarde inteira em ótima companhia!
Encravada na Rua do Ouvidor desde a virada de 2003 para 2004, a Folha Seca se tornou ponto de encontro de acadêmicos, compositores e boêmios de todo tipo. No quarteirão tomado por botequins que fervilham na happy hour, é uma ode ao Rio de Janeiro, tema principal de seu acervo. Há livros sobre futebol, samba, carnaval, biografias de personalidades ilustres, gastronomia, guias de bares, contos e crônicas sobre a cidade, poesias… Tem Zico, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Cartola, Mangueira, Noel Rosa, Jardim Botânico, Portela, Garrincha, Maracanã, Moacyr Luz… Tudo junto. Dá vontade de ler tudo.
O espaço, localizado em frente ao canal da Barrinha, é o local ideal para se aproximar da natureza, praticar esportes, yoga e ainda se alimentar de maneira saudável. Lá eles alugam pranchas de stand up paddle (SUP), caiaques e realizam a travessia até as Ilhas Tijucas – arquipélago entre São Conrado e Barra – em grupos de 25 a 30 pessoas, onde é possível também ir com o big SUP, uma prancha que comporta até 10 pessoas. Para completar o programa, a casa oferece hambúrgueres veganos, wraps, açaís, sucos, vitaminas e sobremesas saudáveis.
No boêmio bairro de Santa Teresa fica localizado o “ateliê-bondinho” do artista Getúlio Damado. Tudo o que é chamado de lixo pela sociedade ele consegue transformar em arte. Damado chegou ao Rio em 1978, instalando-se no bairro antes que virasse residência de artistas, e estabeleceu seu ateliê em um antigo trilho de bonde. Trabalhando apenas objetos abandonados ou trazidos por amigos, como panelas ou até latinhas, Damado começou fazendo maquetes. Depois vieram as pinturas, os livros e suas famosas trash dolls, bonecas surpreendentes com grandes olhos de botões. Sua arte, criativa e colorida, é a cara da capital fluminense.
Misto de botequim e museu interativo no Mercado de Produtores. Uma verdadeira viagem para o começo dos anos 80 onde é possível pegar uma bola de sorvete no freezer da Kibon, tomar groselha na água com gás, se empanturrar com um generoso sanduíche de mortadela com queijo, brincar de pinball ou autorama, folhear livros da coleção Vagalume e ainda pegar um saquinho de balas Juquinha na saída!
Se o seu negócio é rock ‘n’ roll, cerveja gelada e mesinha na calçada, esse botequim vai lhe surpreender. Começando pelo fato de que para chegar lá, você precisa atravessar de barco da Barra para a ilha da Gigóia. A travessia não dura mais de três minutos e custa 1 real. Do deck, bastam alguns passos para começar a ouvir os riffs e solos do Led Zeppelin, The Doors, Rolling Stones e Beatles. Taí uma experiência etílica e sonora no meio de uma ilha que não deve em nada aos pubs espalhados na ‘cidade grande’!
Programa imperdível para quem procura diversão na Lapa e quer fugir do tradicional sambinha. Com mais de 25 anos de estrada, o bar e boate LGBT é um espaço democrático para quem quer cantar, dançar, beber e dar muita risada.
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