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“Achei um escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!”
A frase racista acima foi proferida por Gustavo Metropolo, de 20 anos, aluno do curso de administração da Fundação Getúlio Vargas que acaba de retornar às aulas.
Menos de dois meses depois da punição que duraria até o dia 8 de junho, o rapaz foi beneficiado por uma liminar temporária o permitindo frequentar a unidade desde a última quinta-feira (3).
Filho de advogados, Gustavo teve a defesa assinada pelos próprios pais, que alegam a falta de garantias por parte da instituição do amplo direito de defesa. “Em 24 horas [a FGV] fez um procedimento contra ele, sem dar o direito de chamar os pais ou advogado, e ofertou a suspensão”, declarou ao jornal Folha de São Paulo a mãe do garoto, Ana Paula Rodrigues Metropolo.
Para a família do autor do ato racista faltou o amplo direito de defesa
Contudo o retorno às aulas está provocando uma série de protestos de estudantes insatisfeitos, principalmente de membros do Coletivo Negro 20 de Novembro, que publicou inclusive uma nota de repúdio diante da readmissão de Gustavo Metropolo.
Para sublinhar a necessidade de se encarar o racismo como crime e além disso, como um problema recorrente em espaços frequentados majoritariamente por pessoas das classes médias e altas, estudantes se uniram para a criação do espetáculo Baquaqua- Documento Dramático Extraordinário, da Cia. do Pássaro e inspirado na única autobiografia conhecida de um africano que foi escravizado no Brasil.
“Racistas não vão assistir aula ao nosso lado. Ao ver ele nas salas e nos espaços da FGV saiam”, dizia um dos cartazes espalhados pelos corredores do prédio.
Para a mestranda Lia Lopes Almeida, de 30 anos, é necessário se manifestar contra a decisão e principalmente “articular uma intervenção cultural para que falemos do tema, mas sem que haja linchamento de nenhum dos lados”, pontua para a Folha.
Além da nota de repúdio, o coletivo negro da FGV está montando uma peça para debater racismo
Vale lembrar que este não foi o primeiro estudante negro vítima de racismo nas dependências da instituição que cobra mensalidade de mais de R$3.500. Em 2017 uma bolsista de 17 anos foi ofendida durante um campeonato interno.
“Negrinha, aqui, não!”, gritaram das arquibancadas.
A Fundação Getúlio Vargas informou que o caso de racismo de Gustavo está correndo em segredo de Justiça e que não vai se pronunciar.
De acordo com o artigo 140 do parágrafo 3º do Código Penal, a injúria racial está relacionada aos crimes contra a honra e que atingem o conjunto de atributos intelectuais, físicos e morais de uma pessoa. Segundo a lei, foi esta a violação cometida contra o jovem. A punição pode virar de 1 a três anos de reclusão ou multa.
Já o crime de racismo, previsto na Lei n. 7.716/1989 se caracteriza quando a ofensa discriminatória é contra um grupo ou coletividade. Como o ato de impedir negros de andarem livremente pelos lugares. Neste caso são de 2 a 5 anos de prisão ou pagamento de multa.
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