Arte

Com 50 mil LPs e 40 mil CDs, ela tem uma das maiores coleções de música latina do mundo

16 • 05 • 2018 às 09:43
Atualizada em 16 • 05 • 2018 às 09:43
Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

Tudo começou aos 18 anos, quando a colecionadora espanhola Alejandra Fierro Eleta, hoje mais conhecida como Gladys Palmera, foi passar um ano no Panamá, terra natal de sua mãe. Lá ela comprou os primeiros discos de música latina, e desde então nunca mais parou. Cha-cha-cha, boogaloo, mambo, salsa, chegando ao pop e ao rock, a paixão pela música da América Latina moveu Gladys a construir uma das maiores coleções de música latina do mundo.

Sua relação com a América Latina e sua música, no entanto, vem de sua infância: por ser filha de uma mãe panamenha e por seu pai ter trabalhado muito por aqui, ela aos 4 anos já era uma apreciadora dos ritmos e estilos locais. O tempo passou, e hoje, entre LPs, CDs, e discos de 78 e 45 rotações, sua coleção já chegou a cerca de 100 mil peças musicais – com 50 mil vinis, 40 mil CDs e o restante em compactos.

Sua casa hoje é, para Gladys, como um museu aberto da essência da América Latina, reunindo discos de todas as eras, estilos e praticamente de todos os países do continente.

A Record-Breaking Collection

Your record collection doesn’t hold a flame to Alejandra Fierro Eleta’s. With 50,000 LPs and 40,000 CDs, she owns one of the largest collections of Latin music in the world.

Posted by Great Big Story on Wednesday, February 21, 2018

O “museu” de Gladys fica na cidade de San Lorenzo de El Escorial, na Espanha e, ainda que hoje seja sua casa, seu desejo é que, no futuro, não somente ela, seus amigos e familiares possam desfrutar dessa imensidão de musicalidade latina, mas que venha a dividi-la com todos.

É por isso que seu plano é um dia doar sua coleção para uma instituição, a fim de que todo mundo possa compreender a dimensão da música da América Latina, mergulhando nas raízes e na história de tais ritmos e estilos.

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© fotos: reprodução


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