Finalmente: OMS vai retirar trans e travestis de capítulos de transtornos mentais

Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de anunciar mais uma medida para lutar contra o preconceito. O livro de condições médicas construído pela agência especializada em saúde vai retirar pessoas trans e travestis do capítulo sobre transtorno mental.

Segundo noticiou o El Diário, a atualização tem previsão de publicação ainda este ano e o intuito é desassociar a transexualidade do campo das doenças que necessitam de tratamento. Contudo, para viabilizar o atendimento de demandas da população trans em alguns países, o termo CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) permanece, mas agora transposto para o capítulo sobre “transtornos mentais de identidade de gênero para condições relativas à saúde sexual”.

Ativistas exigem desassociação do trans com patologias

Apesar dos elogios, entre a comunidade trans o anúncio da OMS causou algumas reações distintas. Falando ao site NLUCON, o ativista transexual Pol Galofre manifestou preocupação com o que chamou de uma “insistente veiculação da questão trans como algo sexual”. Para Galofre ainda “é difícil entenderem as pessoas trans como algo social”.

Demora para a viabilização de cirurgia e tratamento hormonal e constrangimento em postos de saúde Brasil adentro, transexuais enfrentam obstáculos intermináveis quando o assunto é saúde. Segundo constatou pesquisa feita pela PUCRS, 66,3% das mulheres não consultam médicos para utilizar hormônios, 43,2% disseram evitar os serviços de saúde quando precisaram por serem trans. A maioria das pessoas, 58,7%, relatam terem sido vítimas de discriminação. Transexaulidade é condição humana e precisar deixar de ser vista como um problema psicológico.