Debate

Lenda ou realidade? Cientista responde se o famoso ‘instinto materno’ existe

11 • 05 • 2018 às 10:10
Atualizada em 11 • 05 • 2018 às 10:19
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Sarah B. Hrdy, antropóloga e professora emérita na Universidade da Califórnia, escreve extensamente sobre a ciência da maternidade humana. A autora, possui uma visão revolucionária e até mesmo polêmica a respeito do tema e, de acordo com ela, o instinto materno, aquela suposta atitude programada feminina, não existe.

Ela acredita que o que acontece, na verdade, é uma predisposição biológica para o investimento no filho – determinada pela fria relação entre custo e benefício.

“Todas as fêmeas mamíferas têm respostas maternas, ou ‘instintos’, mas isso não significa, como muitas vezes se supõe, que toda mãe que dá à luz está automaticamente [pronta] para nutrir sua prole”, diz Hrdy. “Em vez disso, os hormônios gestacionais estimulam as mães a responder aos estímulos de seu bebê e, após o nascimento, passo a passo, ela está respondendo às sugestões biológicas.”

Sarah concluiu que as mulheres não amam instintivamente seus bebês e, como as outras fêmeas do reino animal, não se afeiçoam de maneira automática ao filho. O instinto materno, tal como o concebemos, não existe. Tampouco o amor incondicional de mãe para filho baseia-se numa exigência biológica.

As mulheres não nascem com uma válvula que as predispõem a querer gerar bebês. E é apenas a genética que faz com que as fêmeas que geram filhos ofereçam-lhes condições de um crescimento adequado.

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