Debate

MPF pede proibição de exportação de animais vivos para serem abatidos

11 • 05 • 2018 às 15:23
Atualizada em 11 • 05 • 2018 às 15:24
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A relação do Brasil com consumo de carne está na berlinda. Com o estouro de operações como a Carne Fraca, que investiga o trato dos animais em grande frigoríficos do país, todas as atenções estão voltadas para o setor.

Recentemente quem se manifestou foi o Ministério Público Federal, que por meio do Procurador Regional da República na 3ª Região, Sérgio Monteiro, quer proibir a exportação de cargas de animais vivos para o abate.

Segundo o texto do MPF, a exportação de animais vivos para serem abatidos no exterior viola a constituição, é um ato de crueldade e, portanto, deve ser proibida”. A movimentação do órgão federal pede ainda a revalidação de liminar que impediu a saíde de carga viva de todos os portos do Brasil, suspensa pelo mesmo TRF3.

O impedimento foi fruto de Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, realizado em janeiro em função da descoberta de 27 mil bois aglomerados no navio MV Nada, atracado no porto de Santos com destino à Turquia, lá seriam mortos e vendidos para alimentação.

“A exportação de animais vivos para serem abatidos no exterior viola a constituição”, diz o MPF

Para ativistas e defensores dos direitos animais a manifestação do Ministério Público Federal vem em boa hora e dialoga diretamente com suas exigências contrárias ao que batizaram de Porto da Vergonha’.

A descoberta do navio MV Nada coloca por terra o argumento dos favoráveis a exportação de cargas vivas, que dizem não haver crueldade com os animais e que o negócio é fundamental para a economia brasileira.

Para o MPF o cenário é outro e não existem até aqui evidências plausíveis de que a exportação de animais seja um aditivo para a economia. “Essa modalidade de comércio representa uma parcela ínfima do agronegócio”, completa a nota.

Agora é esperar o julgamento da ação pelo Órgão Especial do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Sem data definida até o momento.

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Foto: Reprodução/Ministério Público/Pulsar Imagens


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