Debate

Quênia considera criar pena de morte para caçadores

18 • 05 • 2018 às 05:02 Mari Dutra
Mari Dutra Criadora do Quase Nômade, contadora de histórias, minimalista e confusa por natureza, com os dois pés (e um pet) no mundo. Chega mais perto no Instagram.

Em março deste ano, o último rinoceronte-branco macho da terra foi morto no Quênia. Com isso, a única esperança para a espécie passou a ser uma inseminação artificial (ainda restam duas fêmeas vivas).

Desde o ocorrido, o país tem buscado tornar suas leis de proteção aos animais mais severas. A última novidade é o anúncio de que o país considera aplicar pena de morte para os caçadores. Uma lei de 2013 já previa punição de pena perpétua ou o pagamento de uma fiança no valor de US$ 20.000 aos infratores.

A medida drástica foi anunciada pelo ministro de Turismo e Vida Selvagem do Quênia Najib Balala ao portal de notícias Xinhuanet. Desde 1987, o país não aplica mais a pena de morte. Embora alguns grupos de ambientalistas do mundo inteiro se demonstrem a favor da iniciativa, ela pode ser considerada como uma forma de retrocesso ao abrir precedentes para que penas bárbaras voltem a ser aplicadas.

Segundo a ONU News, o Quênia havia ratificado em 1972 o Pacto sobre Direitos Civis e Políticos que, entre outras coisas, afirma que qualquer pessoa sentenciada à morte deve ter o direito de buscar o perdão ou reconsideração da sentença. Seguindo a mesma decisão, o país havia retirado 2,7 mil detentos do corredor da morte em 2016.

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